Todos os locais
Todos os locais
Esportes

A um ponto do ‘clássico do veneno’

29 abr 2018 às 09:14
Por: Luciano Neves

Já me disseram que eu tenho uma preferência pelo Futebol Clube Cascavel (FCC). Também já ouvi que tenho uma ‘quedinha’ pelo Cascavel Clube Recreativo (CCR). Não sei se é algum tipo de ciúme, mas a minha resposta é sempre a mesma: “sou torcedor do futebol de Cascavel”. Já me viram na rua com a camisa aurinegra do FCC. E também já fui visto com a camisa tricolor do CCR. Coloco as duas com o maior orgulho e garanto que exibo as cores dos dois times de Cascavel com uma frequência muito maior que o meu time do coração: o Internacional. O meu sonho é ver o tão esperado encontro entre os dois clubes no futebol profissional, algo que nunca ocorreu na história. Os dois times já se cruzaram em algumas oportunidades nas categorias de base. Mas o tão sonhado jogo oficial entre os times profissionais nunca ocorreu. Eu diria que a gangorra entre os dois times não permitiu que isso acontecesse. Quando o CCR ocupou um posto privilegiado na primeira divisão estadual entre os anos de 2008 a 2011, o FCC ainda dava seus primeiros passos enquanto clube profissional. No ano em que a Serpente Tricolor se despediu da elite, a Serpente Aurinegra (que na época usava as cores azul e branco) tentava o seu acesso à primeira divisão.

Inclusive, nesta segunda-feira, dia 30 de abril, completam-se sete anos do último jogo do CCR na primeira divisão. Foi em 30 de abril de 2011 que o CCR fez um jogo de rebaixados com o Paraná Clube, no Olímpico, apenas para cumprir tabela e foi derrotado.

O tão esperado ‘clássico do veneno’, ou ‘clássico das serpentes’ ou ‘clássico dos guizos’ (surgirão inúmeros alcunhas para este duelo) poderia ter acontecido na segunda divisão de 2012. O CCR disputou o campeonato daquele ano. Mas problemas estruturais deixaram o FCC inativo.

Por desgraça dos tricolores, o time foi para a terceira divisão e o primeiro jogo oficial poderia ter acontecido em 2013. Porém, naquele ano, os problemas burocráticos assolaram o CCR e time ficou inativo. Curiosamente, foi o ano da reestruturação do FCC. O time se reorganizou, trocou de cores e foi campeão da terceirona. Depois, subiu com méritos ao conquistar o mais importante título até então, a segundona de 2014, e no ano que vem, vai para a quinta participação consecutiva na elite.

Talvez essa ascensão do Futebol Clube Cascavel (FCC) inspirou o time que é tratado como rival sem nunca terem se enfrentado. O Cascavel Clube Recreativo (CCR) também se reergueu. Foi campeão da terceira divisão estadual em 2015. E agora, depois de três tentativas na segunda divisão está a um ponto de retornar para elite.

Outras notícias

Conmebol confirma horário da final da Libertadores Feminina

Santos perde para a Chapecoense e vê a liderança em risco

Veja os gols e os resultados dos jogos da Série A do dia anterior

Para a minha alegria, o primeiro embate oficial irá acontecer logo na elite, o ‘supra sumo’ do futebol paranaense. É verdade que, neste encontro das serpentes, o FCC vai ser o ‘primo rico’, com maior estrutura, maior apoio e maiores investimentos, algo que ele galgou ao longo dos anos na disputa da primeira divisão. O CCR, notoriamente, vai ser o primo pobre. No entanto, uma virtude que merece destaque é a torcida tricolor, que não abandonou o clube nem quando estava na terceira divisão. O FCC fez algo interessante este ano e conseguiu ‘pintar’ o Estádio Olímpico de amarelo nos jogos do Estadual. Porém, não conseguiu dobrar a fanática torcida do CCR.

Agora, para quem diz que sou torcedor de um ou de outro, deixo claro o seguinte: como profissional da comunicação, apoiei ambos nessa caminhada até a elite. Foi assim com o FCC na terceira, depois na segunda, e nas quatro participações no Campeonato Paranaense. Tive o privilégio de ver o CCR na elite. E depois fiz essa mesma peregrinação do clube até o fundo do poço. E também segui o CCR nessa longa jornada até a primeira divisão. Digo primeira divisão porque apenas uma tragédia tiraria o clube da elite em 2019.

Tão entusiasta quanto eu para que este duelo finalmente aconteça está o técnico do CCR, Luis Carlos Cruz. “Estamos perto. Acho que nunca estivemos tão perto de ter o ‘clássico das serpentes’. E que honra para esta cidade. Um que carrega a tradição, que é o CCR, e o outro que traz um novo momento de organização e investimentos, que é o FCC. O futebol de Cascavel está de parabéns e a cidade está de parabéns”, disse Luis Carlos Cruz.

De qualquer maneira, se o acesso do CCR for consumado hoje, o treinador vai entrar para a história do clube. Isso porque, a arrancada para o acesso começou sob seu comando. Na primeira fase, o CCR foi dirigido por Agenor Piccinin nos primeiros sete jogos. Depois, André Astorga dirigiu o time de maneira interina nas duas rodadas finais. Em nove jogos, o time cascavelense somou onze pontos e teve 40% de aproveitamento. O CCR teve três vitórias, dois empates e quatro derrotas.

Na segunda fase, já sob o comando de Luis Carlos Cruz, o CCR somou dez pontos em quatro jogos, um aproveitamento de 83%. O treinador ainda está invicto no comando da equipe. Mesmo assim, Cruz faz questão de enfatizar o trabalho dos treinadores anteriores a ele e de todos os funcionários do clube.

Veja também

Relacionadas

Os Donos da Bola Interior
Imagem de destaque

Acompanhe na íntegra Os Donos da Bola Interior de hoje!

Esportes
Imagem de destaque

Lucas faz dois, São Paulo vence o Vasco e volta a se aproximar do G4 do Brasileirão

Esportes

Carille comenta polêmica sobre Miguelito e defende Giuliano: "Intensidade de sempre"

Esportes

Jorge Henrique, ex-Corinthians, é campeão no Piauí, aos 42 anos

Mais Lidas

Paraná
Paraná

Grave acidente na BR-277 em Cantagalo resulta na morte de policial militar e interdita rodovia

Cidade
Paraná

Menino assume mortes de animais: "Ele falou que chutou a cabeça e arremessou na parede”

Cidade
Londrina e região

Mulher fica gravemente ferida em atropelamento na faixa de pedestres em Londrina

Cidade
Londrina e região

Casa é destruída por incêndio em Londrina; morador preparava comida para cachorros

Cidade
Londrina e região

Operação investiga crimes de peculato por policiais rodoviários estaduais

Podcasts

TURISMO

Podcast A Hora do Café - EP4 - Fernanda Corrêa da Rota do Café

A HORA DO CAFÉ

Podcast A Hora do Café - EP3 - Cris Malauz barista e empreendedora

VEJA

Podcast - Por Trás das Câmeras - EP6 - Conheça a história de Maika Martins

Tarobá © 2024 - Todos os direitos reservados.