Os clubes ACH/Lanali/O2 Saúde/Cascavel e Londrina/Unicesumar/Paiquerê FM, filiados à Liga de Handebol do Paraná, participam de 15 a 20 de dezembro da Liga Nacional de Handebol Masculino, principal competição da modalidade no país. Devido a pandemia, o torneio será realizado em etapa única na cidade paulista de Arujá, tendo como local das partidas o ginásio da Instituição Religiosa Perfect Liberty.
A disputa será realizada no formato bolha, em que o local do evento é isolado com protocolos rígidos de controle para evitar contágio pela Covid-19, e reunirá 12 times das regiões Sul, Sudeste, Norte e Nordeste.
As equipes foram divididas em três chaves, e os paranaenses caíram juntos no grupo C com CAIC/GHC/Maurício de Nassau (PI) e Nacional Handebol Clube (SC). Já no grupo A estão Aceu/Univali/Slice/FMEL Itajaí (SC), ACISEG/Guarulhos (SP), Esporte Clube Pinheiros (SP) e Manauense Associação Desportiva (AM), enquanto que no B os tetracampeões e atuais detentores do título Taubaté/FAB/UNITAU (SP) medem força com Carajás Handebol Clube (PA), Interativo/São Carlos (SP) e Vikings/Universo/Campos (RJ).
Preparação e reforços
Há pouco mais de quatro meses, o elenco londrinense iniciou a preparação física e há dois meses treina na quadra do Ginásio Moringão visando à disputa nacional. “Esse ano está sendo bastante difícil, bem complicado, mas conseguimos fazer uma boa preparação física. A equipe é muito jovem, aguerrida, está com bastante disposição. A preparação, mesmo sendo curta, foi boa, os jogadores responderam bem e estamos bastante otimistas”, declarou o comandante da equipe, Giancarlos Ramirez.
Detentor de dois títulos do torneio, conquistados em 2005 e 2008, Londrina contará com os reforços dos jogadores Marcos, João, Pará, além do armador central Bruno Santana, dono de um vasto currículo, é considerado um dos maiores nomes do handebol brasileiro. “Bruno é um jogador muito experiente, vai ajudar bem a manter o ritmo de jogo e a cadenciar um pouco mais os nossos atletas, que são bastante jovens”, afirmou Ramirez.
Com uma base bem formada, o time aurinegro reforçou seu elenco com a chegada do pivô André Ribeiro, popular Toko, multicampeão pelo Taubaté e um dos mais experientes jogadores da atualidade, e com o armador esquerdo Danilo Vasques. “Nosso time está bastante entrosado, temos uma base já de dois, três anos e, apesar de termos jogado apenas uma competição durante o ano, estamos preparados para enfrentar nossos adversários”, enfatizou o capitão e gestor da equipe, Marcelo Rizzotto (Cebola).
Em novembro, Cascavel realizou um trabalho em quadra com todo o time, no entanto, um caso de Covid-19 foi confirmado no elenco e os treinos tiveram que ser suspensos por medida de segurança.
Os jogadores voltam a se encontrar nesta sexta-feira (11), quando serão submetidos ao exame RT-PCR, o qual identifica a presença do RNA do vírus SARS-CoV-2 em amostra obtida por meio de swab na mucosa nasofaringe, teste este que todos os jogadores, comissão técnica e staff devem apresentar à Confederação Brasileira de Handebol 72 horas antes da entrada ao local da competição.
Expectativa
O time aurinegro vai disputar pela terceira vez a Liga Nacional e almeja representar muito bem o Paraná. “Nosso time não é o favorito, mas também não é o azarão. Nós temos um elenco experiente e vamos incomodar os times ditos favoritos como Taubaté, Pinheiros e Londrina. A gente está indo para jogar! Como sempre, o time de Cascavel pode ser superado em técnica, mas na vontade ninguém vai nos superar. Então esperamos fazer um bom campeonato e, quem sabe, subir ao pódio para trazer uma colocação para o Paraná”, salientou Cebola.
Por sua vez, Londrina está confiante para avançar de fase e chegar ao G4, no entanto, Ramirez ressalta que o caminho não será fácil. “Nosso objetivo é classificar, mas pegamos uma chave muito equilibrada, difícil, Cascavel reforçou bastante, já vinha com um bom trabalho, com uma equipe jogando junto há dois anos, então já é um grupo que se conhece bastante, conseguiram bons resultados no Estado e no Campeonato Brasileiro, é uma equipe muito forte. No nosso grupo tem também o GHC, que ficou em 4º lugar ano passado, e o São José, que também fez uma excelente Liga Nacional, por isso considero a nossa chave a mais equilibrada da competição. Vai ser muito difícil, mas trabalhamos muito e vamos em busca dessa classificação”, pontuou Ramirez.
Disputa
Com partidas em turno único, os dois times com melhor desempenho em cada grupo e os dois melhores terceiros colocados avançam para as quartas de final. Os vencedores dessa fase se enfrentam nas semifinais e os demais jogam para decidir do 5º ao 12º lugar, definindo assim o ranking completo da competição.
(Jaqueline Galvão)