O ano de 2017 foi um dos melhores para o futsal paranaense. Presenciamos o renascimento do pentacampeão Cascavel Futsal que, depois de dois anos seguidos caindo no Campeonato Paranaense da Chave Ouro de maneira precoce, voltando a figurar entre os quatro principais times do Paraná. Digo isso porque a responsabilidade de um time que chegou em nove finais é muito maior. Ou seja, quando caiu nas quartas de final, como ocorreu para a Serpente Tricolor tanto em 2015 quanto em 2016, é, de fato, uma queda precoce. O grande mérito do time de Nei Victor em 2017 foi fazer frente, com um elenco, de certa maneira modesto, a equipes de investimento muito maior no Estado.
Coincidência ou não, duas delas que investiram pesado estão na grande final do Campeonato Paranaense da Chave Ouro. Pato Futsal e Marreco fazem, neste sábado (09), o jogo de volta da grande final do Estadual. A partida está marcada para as 19h05, no ginásio Dolivar Lavarda, em Pato Branco. No jogo de ida, na semana passada, o Marreco venceu por 4 a 1 e só precisa de um empate para conquistar o inédito título da Chave Ouro. Ao Pato Futsal resta vencer por qualquer resultado para levar a decisão para uma inédita disputa de pênaltis no Estadual.
Ídolos
O investimento feito por algumas equipes, entre elas os dois finalistas, colocou o futsal paranaense em 2017. Depois de anos, equipes do Estado voltaram a ter representantes na Seleção Brasileira de Futsal. O primeiro deles foi Sinoê, pivô do Marreco. O jogador que passou por grandes times nacionais reencontrou o brilho nas quadras com a camisa 33 do Marreco. Ele foi o artilheiro do time na Liga Nacional com 15 gols e divide a artilharia do Marreco na Chave Ouro com Barbosinha, ambos com 15 gols.
Pela primeira vez na história, o Paraná teve dois semifinalistas na Liga Nacional. Um deles foi o próprio Marreco. E o outro foi o Foz Cataratas que, por sinal, teve dois atletas convocados para a Seleção Brasileira: Daniel Feitosa e Gian Wolverini.
Para ser campeão paranaense pela primeira vez, o Marreco conta com o técnico Baiano no banco de reservas. Ele busca o seu sétimo título estadual – são quatro conquistas com o São Miguel e mais duas com o Guarapuava – e está na décima decisão da Chave Ouro.
Só que o Pato Futsal também tem suas armas para conquistar o bicampeonato. O primeiro título veio em 2006 quando a equipe ainda se chamava Atlético Patobranquense. Em quadra, o técnico Sérgio Lacerda conta com jogadores rodados, casos de Jamur, que foi campeão paranaense em 2014 com o Guarapuava, e Neguinho. Mas o principal nome do Pato nesta temporada foi Simi. O pivô fez história na Seleção Brasileira, no Corinthians e no Sorocaba. E agora, quer ampliar essa história vitoriosa no futsal paranaense. “O nosso time foi montado para chegar o mais longe possível na Liga Nacional e na final do Paranaense. Conseguimos isso, mas nosso objetivo não para por aqui. A gente quer ser campeão, quer um algo mais, e vamos lutar por isso. Eu estou muito feliz por ser o meu primeiro ano no futsal do Paraná e já chegar em uma final. Acho que isso é importante pra vida do atleta, você precisa sempre estar decidindo os campeonato por onde passar. Por onde eu tenho passado, tenho conquistado alguns campeonatos. E agora tenho que ajudar os meus companheiros um pouquinho mais para ver se a gente coroa o ano com mais este título”, disse Simi.
Números
18
Sinoê, jogador do Marreco, é o artilheiro do time na Chave Ouro com 18 gols, ao lado de Barbosinha. Os dois atletas dividem a segunda posição na artilharia com Batata, jogador que atuou no Cascavel Futsal
23
O artilheiro da competição é Ernandes, atleta que defendeu as cores do Cascavel Futsal e deve atuar no Pato Futsal em 2018
6
Simi não marcou muitos gols com a camisa do Pato Futsal. Na Chave Ouro foram apenas 6. O goleador do Pato no Estadual é Jamur com 13 gols
ES CHAVE OURO 1
Marreco e Pato Futsal fazem hoje o jogo de volta da final da Chave Ouro. Fotos José Delmo Menezes Júnior
ES CHAVE OURO 2
Simi é o principal nome do Pato Futsal