A escalada dos preços no Brasil parece não incomodar boa parte da população que está nas ruas contra ministros do STF e em defesa do presidente Jair Bolsonaro. Nada contra, pois isso é inerente à democracia. A livre expressão do pensamento e a manifestação são direitos preservados pela constituição.
No entanto, temos motivos para protestar também contra a dilapidação do poder de compra do cidadão que está sendo corroído pela inflação. O litro da gasolina se aproxima dos R$7 em alguns estados. O botijão de gás R$100. Cesta básica acima dos R$500. Inflação se aproximando dos dois dígitos ( segundo Banco central 7.58).
É preciso lembrar que antes da pandemia, o país vinha numa virada importante. A taxa selic atingiu sua mínima histórica em dois por cento, houve registro de deflação, bolsa atingiu máxima de 120 mil pontos no final de 2019, investidores otimistas e crescimento econômico.
A chegada da covid 19 desencadeou uma crise sem precedentes que trouxe na sua esteira pobreza, fome, recessão e mortes. Vimos bilhões de reais aplicados em saúde para conter a onda da covid 19 e parte desviada no covidão. E quando chegou a vacina, que desacelerou o número de casos e ajudou a desafogar os hospitais, apareceu um novo fantasma: A crise hídrica.
A falta de água obrigou o governo a lançar mão de termelétricas para garantir o abastecimento, mas já mandou a fatura pra população em forma de bandeira. O efeito desse cenário é um danoso efeito cascata na cadeia produtiva. Não bastasse, o próprio presidente JB insiste em colocar gasolina na fogueira da crise política afugentando o investidor.
2022 tende a ser um ano difícil por conta das eleições gerais, então se o presidente quis dar um recado ao STF, é hora da população mandar um recado para ele também. Chega de aumento nos preços! Reformas já! Fim das Benesses! Fim dos auxílios! Fim das rachadinhas! Fim do foro privilegiado!