Nas última semanas Cambé ficou no topo do noticiário por alguns episódios:
Uma adolescente que levou uma arma e munições para a escola dizendo que era para “mostrar “ às amigas; Noutra escola, a adolescente que apareceu num vídeo agredindo uma colega; um professor de música que supostamente abusou de uma aluna, e por último, a feira de artes ilustrada com bonecas enforcadas, e simulando um aborto.
Ressalto: cada caso em diferentes unidades escolares. Tudo em Cambé.
Este último caso, chamou a atenção dos pais que procuraram a delegacia de polícia e a autoridade instaurou inquérito para apurar a denúncia.
Como a escola demorou para explicar, houve inúmeras manifestações e ataques nas redes sociais. Os pais entenderam que aquelas imagens fariam apologia ao suicídio, aborto, pedofilia e intolerância religiosa (já que havia páginas da bíblia destruídas).
Imediatamente circulou um vídeo-self do senador Magno Malta, presidente da CPI dos Maus tratos dizendo que vai convocar o diretor e professor para prestar depoimento à comissão parlamentar de inquérito.
Naturalmente que é um exagero sobretudo após a nota de esclarecimento do Colégio. Trata-se de um trabalho da matéria de artes, cujos temas suicídio, pedofilia, aborto, etc foram escolhidos pelos próprios alunos do terceiro ano do ensino médio.
Também foi exagero, convocar o ato Maikon K, e diretores do festival de dança de Londrina para ir a Brasília das explicações sobre a polêmica peça em que o ator aparece nu numa bolha.
Interessante das CPIs é que a maioria termina em pizza, principalmente quando o alvo são os próprios políticos. E podem ter certeza. Eles cometem crimes cuja extensão é bem maior do que o que vimos no DNA de DAN e na feira em Cambé.
No entanto, é bom salientar que tal oportunismo só encontra amparo, em vacilos que as pessoas comentem.
No caso da feira de Cambé, usar símbolos menos agressivos, e menos sugestivos, frases menos impactantes, uma vez que a “viralização” nas redes sociais atinge de Lulistas a Bolsonarianos.