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Política

Comércio irregular destrói cadeia produtiva e gera desemprego

03 mai 2018 às 16:49
Por: Fernando Brevilheri

Impressiona o crescimento do comércio ambulante no quadrilátero central. A venda de produtos não se restringe mais ao calçadão. Os vendedores ocupam calçadas em quase todas as ruas como Sergipe, João Cândido (sobretudo no terminal Urbano), São Paulo, Minas Gerais, Matogrosso, Rio de Janeiro, Paraná, Maranhão, Benjamin Constant. E ali se misturam trabalhadores devidamente autorizados pela CMTU e contrabandistas de cigarros. Vendem frutas, verduras, lanches, doces, salgados, óculos, carteiras, cintos, CDs, DVDs, carregadores e capas para celular, cigarros e muito mais. Na mesma proporção, assusta o número de pessoas que apoiam os ambulantes irregulares sob a justificativa de que “não estão roubando e precisam trabalhar”. Isso mesmo, o povo tem dó de quem está ali, aparentemente trabalhando honestamente. Já houve casos em que a população hostilizou agentes da CMTU em defesa de vendedores que tiveram bugigangas apreendidas no centro. Trata-se de uma forma simplista e até ingênua de analisar a situação. O comércio ambulante irregular tira o emprego do trabalhador que está formalmente no mercado recolhendo impostos e encargos. O ambulante vende mais barato porque não está submetido a violenta carga tributária a que os comerciantes estão. Portanto, concorrência desleal. Além disso, ele não precisa custear a caríssima estrutura de um ponto comercial. Como vende os produtos ao ar livre, não paga água, luz, condomínio, aluguel, internet, telefone e outras despesas. E pior, quando precisa de usar banheiro, pede emprestado para um lojista.

Por isso, os órgãos de fiscalização deveriam reprimir diariamente o comércio ambulante (não só de rua mas todos os irregulares), por uma razão muito simples. São os comerciantes e os trabalhadores devidamente regularizados que pagam o salário do prefeito, secretários, fiscais etc. E isso não se resume à esfera municipal. Órgãos como receita estadual, receita federal, polícia federal e outros deveriam focar nisso. Deixar o comércio ambulante avançar é matar a galinha dos ovos de ouro. Se os órgãos de fiscalização adquirem o hábito de cumprir o seu dever e não deixar crescer a bola de neve, aposto 9 contra 1 que em seis meses nenhum ambulante terá coragem de vender cigarro em pleno calçadão.

Governar implica tomar decisões e sobre tudo cumprir a lei. Doa a quem doer. 

E quanto ao problema social, não adianta fazer como no governo Nedson, que criou um camelódromo e anos depois foi alvo de uma operação gigante da polícia e receita federal, que aliás, não fizeram outras. O negócio é criar vagas no mercado de trabalho para acomodar a legião de ambulantes que vagam pelas ruas da cidade.  

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