Me perguntaram que fato marcou o ano que ora termina. E não hesitei em cravar: As fakenews.
Além do conceito clássico de notícia falsa etc, o estrago feito por esse câncer semântico foi muito maior. Esse fenômeno foi potencializado no meio político por meio de agentes políticos em diversos partidos de direita, centro e esquerda.
Não bastasse, as redes sociais e APPs de conversa instantânea, tornaram incontroláveis a proliferação de mentiras que passaram a ser “verdade”.
Chega a assustar, a forma como algumas pessoas destilam frases agressivas e insultos quando alguém se “atreve” em falar em nome da ciência. Tudo que foi construído a partir de pesquisas que custaram milhões de dólares vira lixo diante de conversas de boteco e troca de mensagens nos grupos de whatsapp.
Não tenho medo de errar que a maior parte dessas notícias falsas estão na órbita da Covid 19 e suas consequências. O mais recente ataque parte dos que –sem argumentos concretos- tentam desacreditar a vacina.
E para esses não adianta mostrar dados do Ministério da Saúde, da desaceleração da doença ante o avanço da imunização. Os incrédulos de plantão, têm em seus smartphones uma coleção de bobagens que recebem nesses grupos.
A fakenews está para essa gente, assim como alguns creem que não houve corrupção no Brasil e respondem pesquisas de opinião colocando no páreo aquele que participou de parte dessa roubalheira. A imprensa, cabe levar a informação correta. Checada. Verificada a exaustão com fontes confiáveis.
O que nos consola é que ainda não há maioria formada entre os incautos, mas o exército cresce como um tumor maligno. Não tenho dúvida, que as notícias falsas – travestidas de um fato verdadeiro – ajudaram a piorar o Brasil e o mundo.
Imaginem quantas pessoas morreram sem tem tomado a vacina, por acreditar em sua ineficácia apregoada pelos negacionistas, ou achar que de fato poderiam estar sendo usados pela indústria farmacêutica.