Eis um ponto em que a oposição e governistas convergem: dinheiro público!
O presidente Jair Bolsonaro mudou o discurso, certamente pressionado pelo Centrão e risco de ver em pauta um dos vários pedidos de impeachment contra ele na câmara.
Na semana passada, a câmara dos deputados num ato de desrespeito e traição ao eleitor, aprovou o orçamento da União para 2022 e incluiu a bolada de R$5.7 bilhões de reais para gastos com campanha eleitoral. Dinheiro que sai do bolso do contribuinte e vai pros partidos políticos usarem no ano que vem. Isso num momento em que o governo fala em taxar fundos de investimentos e outros. Como sempre, tirando dinheiro do setor que produz para o que menos retorno dá a sociedade.
Diante da pressão da opinião pública, o presidente Jair Bolsonaro sinalizou que vetaria a proposta. No entanto, sua verdade relação e dependência com os partidos do chamado centrão vai se expressar na atitude que o presidente adotar nesse caso.
Agora, JB já diz que um fundo de R$4 bilhões seria razoável. Ora bolas. Em 2020, o fundão foi a metade disso, o que é um absurdo num país onde faltam itens básicos para saúde, segurança pública e educação. Quem ainda não viu a falta de medicamentos nos hospitais, quem ainda não viu a falta de equipamentos para a polícia e até internet para os alunos da rede pública.
Recentemente a Tv mostrou alunos andando quilômetros para chegar a uma padaria e usar o wi fi para acessar as tarefas escolares. Enquanto isso, em Brasília, a farra com o dinheiro público segue.
Onde estão os deputados que nos representam? Calados. Usando suas redes para postar “outros” temas. Óbvio, eles têm todo interesse nessa grana que fortalece seus currais em tempos de eleição.