Caminhoneiros de todo Brasil estão se mobilizando para uma paralisação marcada para este Domingo 25, dia de São Cristóvão o padroeiro dos motoristas.
Os principais motivos da “possível” greve é o aumento nos preços dos combustíveis, principalmente o diesel e o valor do frete que desde a última grande paralisação da categoria é motivo de discórdia entre os profissionais do volante.
No entanto, os caminhoneiros vivem um dilema. Parte da categoria que tem lideranças mais ligadas à esquerda, quer greve geral. Uma outra facção mais alinhada a Jair Bolsonaro entende que o aumento nos preços não é culpa do presidente e uma paralisação agora poderia piorar ainda mais a crise já turbinada pela pandemia.
Já um grupo de caminhoneiros mais independentes entendem que a categoria deveria pelo menos fazer um dia de protesto para demonstrar a indignação da categoria e mostrar a pauta de reivindicações à sociedade.
É importante lembrar que as últimas tentativas de Bolsonaro em intervir na Petrobrás só geraram prejuízos à companhia, e não resultaram em queda nos preços nas bombas. O presidente editou decretos para que a carga tributária sobre os combustíveis fosse publicada nos revendedores e acusou os governadores de serem os culpados pela alta.
A sucessão de erros na condução da política dos combustíveis levou a uma perda de credibilidade e os caminhoneiros entenderam que o presidente não conseguiu cumprir as promessas que fez à categoria que o apoiou em 2018.
O fato é que uma paralisação agora não teria impacto imediato nos preços dos combustíveis. Ao contrário disso, o país vive um momento de retomada e a paralisação poderia sim gerar aumento de custos e consequentemente elevação da inflação.
O governo poderia chamar os líderes do movimento para uma reunião e trabalhar preventivamente para que uma greve fosse evitada e não castigasse a já sofrida população.