O projeto de lei encaminhado pelo governo à Assembleia Legislativa prevê que o estado delegue à União as rodovias estaduais para que o Governo Federal possa tocar o novo projeto do Pedágio no Paraná.
Na prática, isto significa que as empresas que ganharem a licitação poderão explorar as rodovias sob a jurisdição do governo estadual as chamadas PRs. No norte do Estado, algumas rodovias que hoje estão sob a responsabilidade do D.E.R, Departamento de Estradas de Rodagem estão em más condições e são alvos de reclamações dos usuários.
No entanto, a concessão dessas estradas abre brechas para a inclusão de novas praças de pedágio no Estado. Algumas inclusive já estavam no radar do governo federal como por exemplo a PR 445 em Londrina. Pelo projeto original, uma nova praça de pedágio seria instalada perto da Eletrosul o que gerou protestos de lideranças políticas de produtores rurais.
Mas será que não tem nenhum jabuti nessa proposta? Isto porque, quem vai decidir sobre a inclusão de trechos pedagiados ou não é o próprio governo federal por meio do Ministério da Infraestrutura e Logística.
A medida anunciada com euforia pelo governador não é inédita. No governo Lerner também foram feitas tais concessões. O resultado disso está aqui mesmo no norte do Paraná. A concessionária Econorte ficou com um trecho da PR 323 e instalou a praça de pedágio em Sertaneja em rodovia simples com tarifa de R$22,70.
É importante lembrar que o file mignon das concessões são as BRs, (Rodovias Federais) que em 1997 foram cedidas à iniciativa privada por meio do Programa de Concessão de Rodovias. O Paraná aderiu. E deu no que deu. Poucas obras, corrupção, tarifas caríssimas e demandas judiciais.