A Secretaria de Saúde do Paraná emitiu um alerta para duas novas variantes do coronavírus detectadas na Argentina. Os casos confirmados são das variantes da Índia e da África do Sul em três pacientes na capital Buenos Aires.
Como a Argentina faz fronteira com o Paraná, o rigor será maior na Região de Foz do Iguaçu (8a e 9a Regionais).
Diz o documento: “Os três viajantes entraram no país no dia 24 de abril, e foram encaminhados para realizar o isolamento correspondente a um hotel da Cidade de Buenos Aires. Em 26 de abril, as jurisdições foram notificadas para realizar ações de acompanhamento em contatos próximos”.
Segundo o Alerta, a variante B.1.617, detectada pela primeira vez na Índia, foi considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma “ variante de preocupação” , por ser uma categoria mais transmissível. Essa variante vem sendo apontada como uma das principais responsáveis pela segunda onda do novo coronavírus, que provocou um recorde de mortes na Índia nas últimas semanas. Não há comprovação, por enquanto, de que essa nova variante seja mais letal.
A preocupação das autoridades sanitárias é com sua maior capacidade de transmissão, o que pode voltar a agravar a situação do sistema hospitalar. A presença de variantes de preocupação na Argentina que ainda não circulam no Brasil serve de alerta para os municípios do Paraná, principalmente aos de fronteira. A maior transmissibilidade da variante pode causar uma sobrecarga nos serviços de saúde do estado.
O documento enviado pela SESA elencou uma lista de recomendações:
-Ampliar e fortalecer a vigilância da COVID-19 em indivíduos com sintomas e/ou exames positivos de SARS-COV-2 que estiveram na Argentina, nos últimos 15 dias.
-Orientar a população para fortalecer as ações de prevenção e controle da COVID-19, mantendo a etiqueta respiratória, utilizando máscaras, realizando a higiene das mãos, evitando aglomerações e, em caso de sintomas, procurar unidade de saúde para atendimento clínico, testagem e indicação isolamento;
-Recomendar que as viagens não essenciais para as áreas onde foram detectadas a variante sejam evitadas.
-Detectar, acompanhar e isolar os viajantes, com especial atenção aos caminhoneiros, sintomáticos ou que virem a adoecer nos 14 dias subseqüentes do retorno ao Brasil.
-Rastrear contatos dos viajantes doentes ou que virem a adoecer nos 14 dias subseqüentes do retorno ao Brasil.
-Indagar, nos serviços de saúde, quanto à ida do paciente às áreas onde foram detectadas novas variantes ou o contato com pessoas provenientes de tais locais.
-Divulgar este alerta aos serviços de saúde e gestão de todo Paraná, especialmente, para a 8ª e 9ª Regionais de Saúde.