Quem passa pela Av. Higienópolis esquina com a Rua Aminthas de Barros (atrás do IATE) vê o anúncio pendurado no muro do terreno “VENDE-SE”. Tem até um telefone de contato. O preço inicial seria R$19 milhões de reais.
Porém há um detalhe: A Sercomtel não pode fazer a operação sem autorização da ANATEL – AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES. Está no voto do conselheiro Igor de Freitas.
Ai a pergunta que não tem resposta. Se precisa de autorização da ANATEL para vender os ativos alienáveis, haja vista que a Agência abriu processo de caducidade da Sercomtel, porque então a área está à venda?
O terreno é filé mignon do mercado imobiliário. A área tem quase 10 mil metros quadrados fica numa das regiões mais nobres de Londrina. Qualquer construtora daria um pote de ouro pelo imóvel. Até porque o IPTU daquilo ficará um absurdo com o aprovação a nova planta de valores.
A Sercomtel tem dificuldades financeiras até para sobreviver não poderia colocar mais este custo elevado nas sua coluna de despesas.
Não é a primeira vez que que a Sercomtel tenta fazer dinheiro no terreno. Houve pelo menos duas tentativas em 2003 e 2006. Nessa última o lance mínimo era R$4,14 milhões de reais. Um corretor de imóveis consultado pelo Blog disse que um cliente ofereceu R$27 milhões pela área mas a Sercomtel não vendeu.
A área foi comprada em 1994 para instalar um Teleporto (uma espécie de centro de excelência em telecomunicações), mas o projeto naufragou. Com as novas tecnologias, usa-se cada vez menos espaço e seria um desperdício utilizar aquele espaço para tal finalidade.
E é de dar dó. O terreno – pasmem foi utilizado pela escola de circo - está abandonado e feio. Muro com pintura desgastada e pichado e portões parcialmente destruídos.
Se estivesse bem cuidado certamente poderia valer ainda mais. O metro quadrado na área está avaliado em R$ 1.900.
