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Como detectar e tratar a ansiedade canina

23 out 2019 às 08:13
Por: Redação Tarobá News

Entenda o que é o problema e como ajudar o seu bichinho de estimação

Quem tem cães de companhia sabe que eles têm personalidade própria e podem sofrer dos mesmos males que nós, humanos. Um dos problemas mais comuns é a ansiedade canina, que pode ser causada por medo, solidão, barulho e tédio.

Para muitos veterinários, a “humanização” do pet, tratando-o como um verdadeiro membro da família faz com que o bichinho acabe desenvolvendo uma dependência emocional do seu dono. Isso é ruim porque pode desencadear doenças mentais como ansiedade e até depressão, causando grande sofrimento no pet.

A ansiedade canina, por exemplo, tem como sintomas:

- Euforia;

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- Necessidade de demarcar território — pela casa, na rua e até no tutor;

- Lambedura excessiva das patas;

- Perda do apetite;

- Respiração ofegante;

- Aumento da frequência cardíaca;

- Destruição de objetos;

- Latido ou choro constante,

- Tentativa de fuga.

O comportamento do tutor

Assim como ocorre com crianças, o pet sente o “estado de espírito” do seu tutor e acaba incorporando tais comportamentos. Ao observar a ansiedade do dono antes de sair de casa ou ao levá-lo ao pet shop, o cão tende a mimetizar os comportamentos observados.

Esse tipo de reação de imitação ao comportamento do tutor é bem frequente em épocas como Festa Junina, finais de campeonatos e Réveillon, quando há queima de fogos de artifício. O pet tende a se assustar com o barulho, mas reage ainda mais intensamente se o seu dono demonstrar ansiedade com a situação. Manter a calma e tentar passar serenidade ao cachorrinho é uma boa estratégia para ajudá-lo a reduzir o estresse.

Para cães com medo de altos barulhos, uma boa alternativa é providenciar um canto da casa que seja sossegado para que o bichinho se sinta protegido, além da questão comportamental do dono. Não forçar a barra e respeitar o instinto de proteção do animal é importante para que ele se sinta bem e confortável.

É sério!

A ansiedade canina não é uma frescura do pet. É um problema de saúde sério que afeta a produção hormonal, os neurotransmissores e traz muito mal-estar para o pet. A insegurança que ele sente pode colocá-lo em situações perigosas, como querer fugir, ficar eufórico ou acabar se machucando.

O bom é que o problema tem tratamento e o médico veterinário pode ser um grande aliado nessa questão, pois pode recomendar o uso de medicamentos fitoterápicos, como os florais, sessões de acupuntura e até medicação específica, se necessário.

Há ainda outras formas de ajudar o bichinho de estimação a lidar com sua ansiedade:

- Gasto de energia: levar o pet para passear ou mesmo investir em um petcare pode ser uma boa alternativa para cansá-lo e ajudá-lo a liberar toda a ansiedade e o tédio acumulados;

- Câmera de monitoramento: hoje há alguns modelos que permitem a interação do dono com o pet quando está longe. Além de checar o que o animal de estimação está fazendo em casa, é possível conversar com ele para que não se sinta sozinho;

- Programação de TV: há canais específicos destinados aos pets. Basta sintonizá-los e deixar o aparelho ligado para que o bichinho sinta que tem companhia e possa se acalmar na ausência dos donos;

- Brincadeiras: a companhia do tutor é de extrema importância para o cão. É ela que vai transmitir segurança e a certeza de que não será abandonado. Passar um tempo com o animal, brincar e fazer carinho vai ajudá-lo a superar a ansiedade;

- Reforço positivo: antes de sair de casa para trabalhar ou estudar, o tutor pode dar um petisco e um carinho ao cão. Assim, ele sentirá que você vai fazer algo positivo. O mesmo pode ser feito no momento do retorno,

- Silêncio e calma: respeitar o medo do pet é importante. Por isso, se possível, é bom evitar levá-lo para locais em que a queima de fogos vai acontecer. Providenciar um cantinho calmo e confortável para que ele fique nesses momentos e manter a serenidade também são táticas essenciais para o bem-estar do pet.

Você sabia?

Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil já conta com 54,2 milhões de cachorros adotados por famílias, o levantamento não aborda os bichinhos em situação de rua e abandono.

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