O 11º Encontro de Contadores de Histórias de Londrina (ECOH) encerrou a fase de apresentações presenciais no último dia 19 de agosto, mas segue com ações formativas on-line até o dia 10 de setembro. A primeira oficina desta segunda parte do encontro irá ocorrer já na próxima quinta-feira (1º), com o tema “Educação Antirrascista com Histórias – um olhar sobre as narrativas em sala de aula”, com Giselda Perê. Os ingressos para a atividade são totalmente gratuitos e estão disponíveis na plataforma de eventos Sympla, com acesso pelo link.
De acordo com a coordenadora geral do ECOH, Claudia Silva, quem quiser participar dessa oficina tem que se apressar, pois as vagas estão acabando. “A turma da tarde já está lotada, mas ainda há algumas vagas para a turma da manhã. Essa oficina é dedicada especialmente aos professores e professoras do Projeto Palavras Andantes, da Secretaria Municipal de Educação, mas está aberta a todos os interessados”, ressaltou. O conteúdo da oficina prevê trazer reflexões como o perigo de uma História única e os caminhos que são possíveis descobrir por meio da tradição oral.
Segundo a artista, educadora e fundadora do Agbalá Conta (São Paulo), Giselda Perê, a oficina terá um momento de entendimento do que é este conceito de antirracismo, contextualizando-o historicamente. “É preciso compreender como ele nasce e olhar um pouco sobre como era antes dele. Saber como o movimento negro constrói essa luta que hoje nós chamamos de antirracismo. Então, eu vou apresentar um repertório, trazer referências e provocar reflexões de como essas histórias podem nos orientar, nos dar um caminho para uma educação antirracista em diferentes contextos, principalmente na escola”, comentou.
Para Perê, é importante levantar essas questões pois é uma maneira de quebrar ciclos de exclusão que se perpetuam ainda hoje. “A história única é que faz com que as violências e marginalização contra a comunidade negra continuem se perpetuando em nossa sociedade. Este é o perigo, pois a mesma história continua sendo repetida nas mídias, nos livros didáticos, nas faculdades. E, assim, o racismo estrutural se mantém. Embora ainda haja muita resistência, abrir esses espaços para debater é fundamental para combater o racismo, oferecendo aos educadores um repertório de outras histórias”, concluiu a artista.
Sobre a artista – Giselda Perê é mestra em Arte Educação pelo Instituto de Artes da Unesp. Tem mais de 20 anos de experiência e propõe em suas discussões uma prática de combate ao racismo baseada na formação de professores por meio de um repertório de mitos e contos africanos e afro-brasileiros.
11° ECOH – O evento tem o apoio institucional da Companhia Paranaense de Energia (Copel) e é um projeto aprovado pelo Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura (Profice), da Secretaria de Estado da Comunicação Social e da Cultura do Governo do Estado do Paraná.
O projeto conta ainda com o apoio da Casa de Cultura da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Espaço AML Cultural, Livraria Olga, Sesc Paraná e Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e das Vilas Culturais Alma Brasil e Casa da Vila.