O Viveiro das Araras, no Parque das Aves, acaba de ser totalmente reformulado e está aberto para visitação dos turistas. Nesse viveiro de imersão, que é o maior com araras da América do Sul, foram instalados novos poleiros feitos de materiais orgânicos sustentáveis. Eles proporcionam uma paisagem mais natural e permitem que as araras fiquem mais próximas dos visitantes, oferecendo a oportunidade para que eles vejam as aves com mais detalhes e façam aquela foto linda.
Além disso, o Parque ainda instalou comedouros e bebedouros de maneira que os visitantes possam observar as aves mais de perto, e algumas estruturas físicas saíram, ampliando o espaço para visitação. E por fim, a saída agora fica ao fundo do viveiro, facilitando a circulação.
Apesar de todas as mudanças para aproximar os visitantes ainda mais das aves, o bem-estar dos animais que vivem ali foi a prioridade nesta mudança. Dez plataformas com abrigos e ninhos foram melhoradas e reposicionadas, dando privacidade e conforto para as aves.
“A equipe do Parque das Aves estudou os fatores que elevam a qualidade de vida das araras, como também os momentos-chave de encanto para turistas. O estudo nos fez repensar completamente o desenho interno do viveiro: agora, os voos rasantes que as araras dão sobre nossas cabeças são complementados por oportunidades de ver as araras muito mais de perto. E com a instalação de novos comedouros de formatos inovadores, o visitante pode apreciar um espetáculo de cores e interações entre animais que é inédita e absolutamente linda”, comenta Carmel Croukamp, diretora geral do Parque das Aves.
O viveiro
O Viveiro das Araras tem 60 metros de comprimento, 15 metros de largura e 12 metros de altura, e abriga 104 aves, entre elas a arara-canindé, a arara-azul e a arara-vermelha, entre outras espécies.
O recinto foi construído usando as técnicas sustentáveis que o Parque das Aves sempre pratica, de forma artesanal e que evita derrubar árvores, procurando reproduzir o habitat natural dessas espécies. “A qualidade do viveiro, junto com o tamanho do espaço, reflete no bem-estar das aves, algo que os visitantes sempre sentiram e sabiam apreciar”, comenta Carmel.
As modificações vão permitir um contato mais próximo entre visitante e animais. Não é permitido tocar nas aves, mas pode ficar perto, a uma distância segura, e fazer aquela selfie bacana. Outra novidade são os três comedouros instalados no chão, próximos ao lago, para oferecimento de mistura de sementes em três horários: 10h, 14h e 16h.
Segundo Carmel, a visita ao viveiro é considerada um dos pontos altos do passeio e o objetivo é proporcionar uma boa experiência sensitiva e educacional ao turista.
“O visitante pode entrar e ficar no mesmo espaço das aves, mas a nossa ideia é mais que proporcionar uma melhor visualização das espécies: queremos incentivar um encantamento que estimule ainda mais nas pessoas a importância da preservação, do cuidado e do respeito com os animais”, diz.
mersão no mundo das araras
Ben Phalan, chefe do Núcleo de Conservação do Parque, lembra que algumas espécies de araras podem ser dispersoras importantes de sementes. “Após a extinção de grandes mamíferos no Brasil, há milhares de anos, as aves maiores assumiram o papel de dispersoras de sementes grandes na natureza. E essas sementes são importantes porque geram espécies de árvores que poderiam ter dificuldades caso as araras não realizassem esse importante papel ecológico na natureza”, complementa.
O biólogo acrescenta ainda que a visita ao Viveiro das Araras é uma atividade que pode gerar benefícios significativos para a natureza, além de ser importante instrumento de sensibilização para as questões ambientais.
“Dignas de admiração pela notável beleza de suas cores, as araras sempre despertaram grande interesse nos seres humanos. As principais ameaças para populações de araras são a captura de indivíduos para abastecer o comércio ilegal de animais silvestres e a destruição de seu habitat natural. Possibilitando esse encontro entre pessoas e essas incríveis aves no Viveiro das Araras, queremos sensibilizar o público para que as protejam”, finaliza.
Fonte: Assessoria