A Prefeitura de Londrina recebe, a partir desta segunda-feira (20), a exposição “Obras do Jardim do MAL”, que traz quatro esculturas que compõem a exposição permanente localizada no jardim do Museu de Arte de Londrina, permitindo que a população possa ter acesso à fruição dessas obras.
A exposição apresenta quatro esculturas de autoria de Caciporé Torres, Sérvulo Esmeraldo, Cleber Machado Neto e Zanzal Mattar. A mostra fica localizada no piso térreo da sede administrativa, localizada na Avenida Duque de Caxias, 635, e permanecerá aberta ao público até o dia 31 de dezembro. A exposição conta com um vídeo de seis minutos que apresenta as obras e os artistas, transmitido pelo YouTube (clique aqui para acessá-lo).
A realização é da Secretaria Municipal de Cultura, por meio do Museu de Arte de Londrina, e integra a programação da 15ª edição da Primavera dos Museus, programa do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) que anualmente reúne ações propostas por museus, instituições de memória, espaços e centros culturais de todo o país.
Caciporé Torres é um escultor, desenhista e professor brasileiro, nascido em Araçatuba. A sua produção artística tem, como característica mais marcante, a utilização de materiais industriais, em especial o aço e o ferro. Frequentemente no estado de sucata, para depois serem lixados, cortados, moldados, soldados e pintados, pelas mãos do artista. Com linguagem escultórica única, ele constrói formas abstratas, brutalistas e ásperas, com proporções monumentais.
Sérvulo Esmeraldo é um escultor, gravador, ilustrador e pintor cearense. No início de sua carreira artística dedicou-se a xilogravura. Já em meados dos anos 1960, ele passa a integrar o movimento da arte cinética, quando faz quadros e objetos movidos pela eletricidade estática. Mora por muitos anos na França, estimulando seus estudos de artes plásticas, retornando ao Brasil em 1978, dedicando-se à arte pública, em Fortaleza.
Cleber Machado Neto iniciou a sua formação artística na capital gaúcha. Na década de 60, muda-se para o Rio de Janeiro onde, além da escultura, passou a se dedicar a criação de joias, prata e acrílico. Depois, começou a desenvolver trabalhos com a arte cinética, da qual é um dos pioneiros no Brasil. Seus trabalhos estão expostos em diversos museus e instituições pelo Brasil e mundo.
Zanzal Mattar é uma referência em artes plásticas. Um dos seus grandes destaques foi a criação dos 74 painéis e pinturas e 15 esculturas em metal que ornamentam a Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória, de Maringá, com seus 124 metros. Um trabalho que levou aproximadamente cinco anos para ser concluído e que ainda exige cuidados de manutenção. Mattar tem obras expressionistas, geométricas e modernas, com jogo de cores, luz e profundidade. No Museu de Arte de Londrina expõe a escultura Espaço e Movimento, inspirada no Movimento Sem Terra (MST), com a enxada representando uma arma, simbolizando a conquista e a liberdade, em linhas geométricas.
Programação – Ainda dentro da programação da 15ª Primavera dos Museus, o Museu de Arte de Londrina realiza, nesta terça-feira (21), às 14h, um encontro virtual entre autor e leitores. O professor Leandro Henrique Magalhães vai conversar sobre o livro “As Aventuras do Gato Caixeiro nos museus de Londrina” no bate-papo com alunos da Escola Municipal Hélvio Esteves, de turmas do 1° e 2° ano.
Magalhães é coautor da obra, que foi escrita juntamente com Ana Cláudia Trevisan e produzida por meio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic), da Prefeitura de Londrina. A atividade é uma realização do Museu de Arte de Londrina, Unifil e Projeto Educação Patrimonial, e será transmitida pelo Google Meet.
Na sequência, às 15h20, começa o encontro on-line “Arquitetura Moderna de Artigas e Cascaldi”. Participam o secretário municipal de Cultura, Bernardo Pellegrini; a pesquisadora de arquitetura moderna e estudiosa das obras de Artigas e Cascaldi, Juliana Suzuki, e a historiadora e artista plástica Zuca Paula. Eles irão debater o tombamento da edificação que abriga o Museu de Arte de Londrina (MAL), sua importância para a arquitetura modernista brasileira, a relação do acervo de obras com a obra arquitetônica em si, além das perspectivas para o futuro do MAL.