A história do confronto entre Cascavel e Athletico-PR começou no dia 01 de abril de 2015. Naquela tarde de domingo, no Estádio Olímpico, os dois times se enfrentaram na primeira rodada do Campeonato Paranaense. Era o primeiro jogo da Serpente Aurinegra na elite estadual. Para o Furacão, era só mais um jogo. Oito anos depois, as duas equipes voltaram a se enfrentar no Olímpico para um jogo de dimensões completamente diferentes. Aliás, este foi o encontro de número 14 entre eles. Ambos começaram a decisão do Campeonato Paranaense de 2023. Para o Furacão, só mais uma decisão. Mas para o Cascavel, mais uma chance de conquistar o tão sonhado título do Estadual. Título este que escapou pelo meio dos dedos na decisão de 2021, a primeira do Cascavel.
A dimensão do jogo da tarde deste sábado (01) foi imensamente maior não apenas por ser um jogo de uma decisão. Mas foi pela presença da torcida. Ao todo, 26.155 torcedores lotaram todos os espaços do Olímpico.
Deu pena porque este universo amarelo e preto que se formou sofreu uma derrota dolorida. O Cascavel perdeu o primeiro jogo da decisão do Estadual por 2 a 1 de virada. A derrota foi dolorida por todas as circunstâncias que o próprio futebol é capaz de gerar. Esse Athletico, o do técnico Paulo Turra, apadrinhado por Luiz Felipe Scolari, é imensamente superior ao Athletico que esteve no Olímpico em 2015. E um Athletico, vice-campeão da Libertadores da América. E que já na próxima terça (04) inicia a sua jornada em mais uma competição continental. É um Athletico que fornece jogadores para a Seleção Brasileira.
Esse mesmo Athletico, por vezes, se viu acuado diante da gana do time cascavelense incentivado por sua torcida.
O Cascavel marcou primeiro com Lucas Batatinha, de cabeça. Seria o gol de um predestinado, já que entrou no decorrer do segundo tempo. O detalhe é que no lance seguinte, o Furacão empatou o jogo com Erick, de cabeça. O mesmo Erick se viu forçado a dar um carrinho por trás para evitar o segundo gol cascavelense e foi expulso. Ou seja, não atua na partida de volta da decisão.
Com um a mais em campo, o Cascavel teve oportunidades de decretar o resultado positivo. Teve bola na trave... Mas no último minuto, no apagar das luzes, quando o Athletico já demostrava todo o interesse pelo resultado, veio o lance fortuito. Não dá para dizer se foi um lance de sorte ou azar. O fato é que o árbitro viu um toque de mão do lateral Cesar Morais dentro da área do Cascavel. Pênalti marcado pelo árbitro. Isso quando já eram passados 50 minutos do segundo tempo. A última esperança da torcida foi o pegador de pênaltis André Luiz. Mas Vitor Roque é Seleção! E garantiu a vitória por 2 a 1. Vitória esta que deixa o Athletico-PR perto do título. Um empate é suficiente para isso no jogo de volta no próximo domingo (09), em Curtiba. Para o Cascavel, a situação ficou difícil. Precisa fazer o que ninguém fez no campeonato todo: superar esse Furacão dentro da Arena da Baixada e por dois gols de diferença. Uma vitória simples pode servir porque já provoca uma decisão por pênaltis. Mas Luis Carlos Cruz, que afirmou que o pequeno Davi merecia mais neste duelo contra o Golias, lembra que o Campeonato Paranaense ainda não acabou. Tem mais um jogo e o Cascavel não jogou a toalha. O sentimento da torcida é de dor sim. Mas todos os mais de 26 mil expectadores que foram ao Olímpico neste sábado voltaram para suas casas orgulhosos. Afinal de contas, não faltou entrega do elenco comandado por Luis Carlos Cruz. O Cascavel tem nessa trajetória de duelos contra o Athletico situações de reviravoltas. Quem sabe, em pleno Domingo de Páscoa, uma dessas reviravoltas possa acontecer. Difícil? Dificílimo. Mas não impossível.
Confira os melhores momentos da partida:
