Prepare a calculadora torcedor aurinegro. Este se tornou um equipamento indispensável para o Cascavel nas três últimas rodadas da fase de classificação do Campeonato Paranaense. Isso porque a vaga nas quartas de final está sob ameaça. Esta é a décima vez que o Cascavel participa da elite estadual. De 2015, a competição só não teve o formato atual nas edições de 2018 e 2019. Em ambas, o Paranaense teve dois turnos distintos em que o campeão da primeira metade do Estadual decidiu o título com o campeão do segundo turno. Em todas as demais o Paranaense teve o mesmo formato: turno único, onze rodadas, todos contra todos, com os oito melhores avançando para as quartas de final. De 2015 para cá, o Cascavel só não esteve nas quartas de final uma única vez. Foi no ano de 2016, quando evito o rebaixamento na última rodada. Agora, o Cascavel corre o risco de não avançar.

Aliás, em 2016, o Cascavel tinha apenas oito pontos ganhos depois de oito rodadas, um aproveitamento de 33%. Agora, a Serpente Aurinegra tem uma campanha um pouco melhor: nove pontos ganhos em oito jogos, um aproveitamento de 37%. A equipe de Matheus Costa aparece na sétima colocação com nove pontos. Matematicamente, o Cascavel ainda depende só de si para se classificar. O problema é que as perspectivas não são muito animadoras. Dos três jogos que restam, dois serão em casa e um como visitante. Mas irá enfrentar equipes que fazem campanhas melhores. Na próxima quinta (15) recebe o Cianorte que está muito perto da vaga nas quartas. Depois, na penúltima rodada visita o Operário, que também está quase lá. E por fim, fecha essa fase contra o Coritiba, que já está classificado e que luta pela liderança geral.

A pergunta é: como somar os pontos necessários contra estes times? Dos nove pontos que conquistou no campteonato, só conseguiu um diante de times que aparecem na parte de cima da tabela, resultado do empate fora de casa contra o Maringá. O duro é que o Cascavel desperdiçou pontos preciosos numa partida em que era fundamental pontuar. A Serpente Aurinegra foi derrotada por 2 a 1 pelo Independente São Joseense, neste domingo (11), no Estádio do Pinhão, em São José dos Pinhais. Perder fora de casa seria algo natural. Mas pela maneira que ocorreu o torcedor tem razão de se chatear. Isso porque o Independente nunca havia vencido o Cascavel na elite. Aliás, não tinha ganhado de ninguém até então no Estadual. Entrou em campo na lanterninha e virtualmente rebaixado. O Independente é dono de um dos piores ataques do Paranaense. Tinha apenas dois gols em sete jogos. E esse ataque pífio conseguiu fazer dois na defesa do Cascavel, ambos de Mariano. O Cascavel até conseguiu igualar o marcador com Rodrigo Alves e um pontinho em dois jogos fora seria um alento. Mas a comemoração foi do Independente, que venceu a primeira, foi aos cinco pontos e ainda segue na zona do rebaixamento. Porém, saiu da lanterna e alimenta a esperança de permanecer na elite.

O Cascavel só se manteve no G-8 após a oitava rodada porque todos os times que estão abaixo dele, com exceção do Independente, foram derrotados e não pontuaram. O Andraus, oitavo com sete, foi goleado pelo Operário por 4 a 0. O Londrina, nono também com sete, perdeu em casa para o líder Athletico-PR por 2 a 1. O Galo Maringá, que tem seis pontos e é o décimo, perdeu em casa para o Coritiba por 3 a 1. E o PSTC foi superado pelo Maringá por 1 a 0. Com isso, é o novo lanterna com quatro pontos. Se sofrer mais uma derrota, as contas para o Cascavel deixam de ser pela classificação. E sim pela luta contra o rebaixamento.