Após ser preso pela Polícia Militar na noite de terça-feira (9), o jogador Edu, do Cruzeiro, assinou um termo circunstancial na delegacia e foi liberado. Segundo o delegado Edgar Soriani, haverá uma investigação sobre o caso.

“A situação me foi apresentada. Foi conduzido um dos jogadores, suposto autor da agressão ao policial até a delegacia. Analisei a situação, inclusive com as imagens fornecidas pelo próprio jogador. Restou dúvidas se foi ele ou não que agrediu o policial em questão, mas nitidamente houve crime de desacato, por isso foi feito um termo circunstanciado que vai apurar devidamente esse caso”, explicou o delegado.

Segundo a PM, a confusão e tumulto foram grandes após o término do jogo entre Londrina e Cruzeiro pelo Campeonato Brasileiro da Série B, em que o time mineiro venceu a partida de virada. Segundo o boletim de ocorrência, tudo começou depois que um radialista de Belo Horizonte narrou o gol da vitória vibrando muito, o que causou a ira dos torcedores do Tubarão. Com isso, os jogadores do Cruzeiro firam sabendo e tentaram invadir o setor das cadeiras para defender o narrador.

“Os jogadores do time do Cruzeiro tentaram transpor a barreira e passar pelo portão que dava acesso até as cadeiras cativas dos torcedores do Londrina para ajudar o radialista. O que foi apurado é que o radialista acabou narrando o gol do time do Cruzeiro e vibrou com o gol, o que causou constrangimento e raiva por parte da torcida do Londrina. Eles ameaçaram e tentaram, supostamente, agredir esse radialista. Ele poderia ter acionado os seguranças do estádio e, principalmente, a polícia militar, mas isso não aconteceu. Principalmente, não houve nenhuma agressão contra esse radialista”, disse o tenente Castro.

Ainda segundo o tenente Castro, três jogadores passaram pelo portão sem autorização e os outros foram contidos pela PM. “Alguns jogadores hostilizaram os policiais, xingaram eles e, inclusive, agrediram um policial que teve a perna ferida por um chute. Esse jogador recebeu voz de prisão e foi conduzido até a delegacia local, e o policial vai passar por perícia médica no IML para que o laudo venha compor o inquérito policial que vai ser instaurado contra esse jogador”, disse.