De acordo com a TF Agroeconômica, as cotações da soja seguem em alta, impulsionadas pela redução da safra argentina e pelos desafios na safra brasileira. Embora a produção nacional ainda não tenha sofrido grandes perdas, os embarques de exportação do Brasil diminuíram, conforme relatório da ANEC. A soja para março na CBOT foi cotada a US$ 1.050,00 (+5,0), enquanto no Brasil, o preço do grão no CEPEA foi de R$ 130,04, com queda de 1,70% no dia e 6,72% no mês. A grande produção esperada para atender as indústrias esmagadoras e os exportadores tem pressionado os preços internos para baixo.

O milho também apresenta alta, com a cotação de março na CBOT a US$ 490,20 (+5,0). O impulso de valorização é impulsionado pelos problemas nas safras da América do Sul, com redução na produção argentina e atraso na safra brasileira, além de vendas extras de milho americano para o México. No Brasil, os preços domésticos estão mais altos que os da exportação, beneficiados pelos bons preços das carnes e do etanol. No CEPEA, o milho foi cotado a R$ 74,05, com variação positiva de 0,01% no dia e 1,87% no mês.

Em relação ao trigo, as cotações também estão em ascensão, tanto na CBOT quanto no Brasil, devido à redução global da oferta. Para março, a cotação na CBOT foi de US$ 548,50 (+3,25), e no Brasil, o aumento das importações tem pressionado os preços. No CEPEA, o preço do trigo no Paraná foi de R$ 1.433,49 (+1,23% no dia e 2,89% no mês), enquanto no Rio Grande do Sul, foi de R$ 1.288,98 (+0,18% no dia e 2,21% no mês). A oferta global deverá ser reduzida em 7,17 milhões de toneladas entre junho e agosto próximos, impactando os preços.