Três oficinas técnicas reúnem esta semana 50 pesquisadores e extensionistas do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater) para discutir a ampliação de sistemas ILPF nas regiões Noroeste e Centro-Sul do Estado. Os encontros acontecem nesta terça-feira (28), em Paranavaí, e prosseguem em Ponta Grossa na quarta e na quinta-feira.
“O objetivo é identificar fatores que influenciam a taxa de adoção para subsidiar ações da pesquisa e da extensão nessas regiões”, explica Kátia Fernanda Gobbi, pesquisadora e também coordenadora estadual do programa pecuária de corte do IDR-Paraná.
Prática de agricultura sustentável que possibilita conciliar a proteção do ambiente com alta produtividade e diversificação da renda na propriedade, ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta) é a exploração conjunta de lavouras, espécies florestais e pecuária em uma só área, em cultivo consorciado ou em sucessão.
De acordo com a Rede ILPF (associação que atua em todo o Brasil com o objetivo de disseminar a prática e estimular sua adoção pelos produtores), a integração é adotada em aproximadamente 17,4 milhões de hectares no Brasil, sendo 634 mil no Paraná.
Metodologia - Nos encontros, os profissionais do IDR-Paraná avaliarão três tecnologias: reforma de pastagens com ILP em áreas arrendadas para o plantio de mandioca no Arenito Caiuá, e, na região Centro-Sul, a introdução do componente florestal em dois tipos de pastagens para cria de bezerros de corte e destinadas ao manejo semi-intensivo de vacas em lactação.
Após análise das características de cada tecnologia e do seu público-alvo, as respostas são submetidas ao sistema Adopt (ferramenta de previsão de resultados de adoção e difusão, na sigla em inglês), desenvolvido para utilização em workshops com profissionais que detêm amplo conhecimento do tema em avaliação.
As oficinas são conduzidas por especialistas da Embrapa Gado de Leite e da Rede ILPF.