A produção de laranja no principal cinturão citrícola do Brasil, que abrange São Paulo e o Triângulo/Sudoeste Mineiro, deve ficar abaixo da marca de 300 milhões de caixas de 40,8 kg pela segunda safra consecutiva. A estimativa, divulgada pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) nesta quarta-feira (10) e analisada pelo Cepea, prevê uma colheita de 294,81 milhões de caixas para a temporada 2025/26.
O relatório aponta para dois fatores principais que influenciaram a baixa projeção. O primeiro é a diminuição do tamanho médio dos frutos. O segundo é o aumento na taxa de queda prematura das laranjas, um problema intensificado pelos sintomas do greening, doença que afeta seriamente os pomares, e também por adversidades climáticas na região.
Apesar da expectativa de uma oferta menor de frutas para o processamento industrial, os pesquisadores do Cepea afirmam que os valores pagos aos produtores podem seguir enfraquecidos. Este cenário desfavorável é atribuído à queda nas exportações e à demanda doméstica que se mantém lenta. De 8 a 11 de dezembro, a laranja pera posta na indústria foi negociada à média de R$ 37,20 por caixa de 40,8 kg, representando uma baixa de 1,36% em relação à semana anterior. A indústria tem se mantido com contratos já firmados, realizando poucos negócios no mercado spot e a valores reduzidos.