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Safra brasileira de grãos deve crescer 5,8% em 2025, aponta IBGE

Segundo o primeiro prognóstico do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), a safra deve somar 311 milhões de toneladas no próximo ano
15 nov 2024 às 16:24
Por: Band
- CNA/Wenderson Araujo/Trilux

A safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas deve somar 311,0 milhões de toneladas em 2025, segundo o primeiro prognóstico do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado nesta quinta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 


Essa produção representa um aumento de 5,8% em relação à safra de 2024, ou 17,2 milhões de toneladas a mais.


A alta na safra de 2025 se deve, principalmente, ao crescimento da estimativa para a produção de soja (10,9% ou 15 725 592 t), milho 1ª safra (9,1% ou 2 081 661 t), arroz (6,0% ou 633 328 t) e feijão 1ª safra (18,1% ou 164 084 t). No sentido oposto, o algodão herbáceo em caroço e o milho 2ª safra devem ter quedas de 0,7% ou -36 928 toneladas, e de 1,8% ou -1 703 556 toneladas, respectivamente.


“A safra de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2024 enfrentou uma série de problemas climáticos em diversas unidades da federação, notadamente falta de chuvas e excesso de calor, sendo que no Rio Grande do Sul ainda tivemos excesso de chuvas e enchentes em abril/maio, o que retirou da safra brasileira em torno de cinco milhões de toneladas de grãos”, declarou Carlos Barradas, gerente do LSPA. 


“Para 2025, embora os preços dos principais produtos não estejam apresentando uma boa rentabilidade, se tivermos um clima se comportando próximo a uma normalidade esperada, com as lavouras apresentando uma boa produtividade, teremos uma recuperação da safra brasileira, o que é importante para o controle da inflação e para o aumento das exportações brasileiras”, acrescentou. 

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A primeira estimativa indica que a produção de soja deve ter aumento de 10,9% em 2025, quando comparado com 2024, totalizando 160,2 milhões de toneladas, o que caracterizaria um novo recorde na produção nacional da leguminosa, superando a produção registrada no ano de 2023.  


A estimativa para a produção de milho em 2025 é de 115,9 milhões de toneladas, aumento de 0,3% em relação à safra colhida em 2024. Para o milho 1ª safra, a estimativa é de uma produção de 24,9 milhões de toneladas, um crescimento de 9,1% em relação à safra de 2024, com declínio de 2,1% na área a ser colhida e crescimento de 11,4% no rendimento médio das lavouras. Já para o milho 2ª safra é estimada uma produção de 91,0 milhões de toneladas, redução de 1,8% na comparação com 2024. 


No caso do algodão herbáceo em caroço, estima-se uma produção de 8,8 milhões de toneladas, praticamente igual à safra de 2024 (-0,7%), com um crescimento de 0,6% na estimativa da área a ser plantada, devendo alcançar 2,0 milhões de hectares. No Mato Grosso, maior produtor e que deve ter participação de 71,3% no total nacional, a produção prevista é de 6,3 milhões de toneladas, queda de 1,0% em relação a 2024. 


A produção de feijão para 2025, considerando-se as três safras, dever ser de 3,3 milhões de toneladas, aumento de 5,3% em relação à safra colhida em 2024. A 1ª safra deve produzir 1,1 milhão de toneladas, a 2ª safra, 1,4 milhão de toneladas, e a 3ª safra, 782,0 mil toneladas. A produção do arroz em casca deve alcançar 11,2 milhões de toneladas, crescimento de 6,0%, com aumento de 4,4% na área ser colhida, e crescimento de 1,5% no rendimento médio. Dessa forma, tanto a produção de feijão como a de arroz devem atender ao consumo interno brasileiro, provavelmente não havendo a necessidade da importação desses produtos. 


Estimativa é de alta na produção em 12 estados


A produção de 2025 deve crescer no Paraná (13,6%), no Rio Grande do Sul (12,4%), no Mato Grosso do Sul (24,1%), em Minas Gerais (5,0%), em Goiás (2,0%), na Bahia (3,8%), em São Paulo (16,3%), no Tocantins (0,3%), em Santa Catarina (3,7%), no Piauí (2,3%), em Rondônia (10,6%) e em Sergipe (0,3%). Por outro lado, são esperados declínios na produção no Mato Grosso (-0,6%), no Maranhão (-0,1%) e no Pará (-13,3%). 

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