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Morre o fotógrafo Evandro Teixeira, autor de fotos históricas do país

Com mais de 70 anos no fotojornalismo, ele foi referência na profissão
04 nov 2024 às 20:36
Por: Agência Brasil
- Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O fotógrafo Evandro Teixeira morreu nesta segunda-feira (4), no Rio de Janeiro, aos 88 anos de idade, mais de 70 deles dedicados ao fotojornalismo. Pelas suas lentes, foram registrados acontecimentos históricos do século XX no Brasil e no mundo. As imagens em preto e branco produzidas por Evandro viraram documentos, que ajudam a acessar fragmentos do passado.


Evandro estava internado na Clínica São Vicente, Gávea, Zona Sul da cidade. Segundo a instituição, a morte ocorreu por falência múltipla de órgãos, em decorrência de complicações de uma pneumonia. Ele será velado na Câmara dos Vereadores nesta terça-feira (05), das 9h às 12h.


O fotógrafo nasceu no município de Irajuba, na Bahia, em 1935. Ele iniciou a carreira jornalística em 1958 no jornal O Diário de Notícias, de Salvador. Depois, transferiu-se para o Diário da Noite, do grupo dos Diários Associados, de Assis Chateaubriand, no Rio de Janeiro.


Em 1963, foi contratado pelo Jornal do Brasil, onde alcançaria a maior projeção como fotojornalista. Foram quase 47 anos na empresa, de onde saiu em 2010, quando o JB deixou de circular na versão impressa e passou a ter apenas a edição digital. Ele também se tornou autor dos livros: Fotojornalismo (1983); Canudos 100 anos (1997); e 68 destinos: Passeata dos 100 mil (2008).



Dificilmente alguém nunca se deparou com uma foto de Evandro ao pesquisar sobre eventos marcantes da história. Ele registrou momentos como a Copa do Mundo de 1962, a repressão ao movimento estudantil de 1968, o golpe militar no Brasil e no Chile e o massacre de Jonestown, em 1978.

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É dele a imagem da tomada do Forte de Copacabana, no dia 1º de abril de 1964, que mostra as silhuetas de soldados em meio a uma chuva torrencial. Símbolo dos anos difíceis que o país atravessaria sob governos autoritários. E a fotografia, ainda mais conhecida, de um estudante caindo no chão, enquanto dois policiais se preparam para atacá-lo, em meio às manifestações contra a ditadura no dia 21 de junho de 1968.


As obras de Evandro integram coleções de instituições como o Museu de Arte de São Paulo (Masp), o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ) e o Instituto Moreira Salles, no Rio de Janeiro.

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