Contra as quadrilhas de mergulhadores do tráfico, que escondem drogas em cascos de navio, a polícia brasileira vai usar uma nova arma: drones submarinos.
Foi com o uso de um moderno drone submarino que a força de fronteira australiana descobriu uma carga de cerca de 200 quilos de cocaína no casco de um navio.
A autoridade portuária de Santos (SP) prevê lançar um edital para a implantação de um pacote de tecnologia no porto. Uma das apostas do plano é a compra de drones subaquáticos.
As quadrilhas seguem usando a tática para mandar droga para a Europa. Em um barco, os traficantes se aproximam do navio. E os mergulhadores, a serviço do crime organizado escondem a droga no casco.
E nunca se apreendeu tanta cocaína em cascos de navios como no ano passado, no porto de Santos. Foram duas 2,2 toneladas da droga - um aumento de 200% na comparação com 2022.
As cargas estavam escondidas no sea chest de navios - um compartimento usado para controlar a entrada de água nos sistemas da embarcação.
O aumento da vigilância no complexo portuário, principalmente na fiscalização nas cargas para exportação, fez com que as quadrilhas buscassem outras rotas e também intensificassem o tráfico pelos cascos dos navios.
O combate ao narcotráfico nos portos é um dos focos das forças armadas. A operação de garantia da lei e da ordem segue com integração entre Marinha, Receita e Polícia Federal.