É considerado foragido o empresário Fernando Sastre, dono do Porsche responsável pelo acidente que terminou com a morte do motorista por aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos. A batida fatal entre o carro de luxo e um Renault Sandero ocorreu numa avenida da Zona Leste de São Paulo, em abril.
A ordem foi determinada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, na última sexta-feira (3). Este foi o terceiro pedido de prisão feito pela Polícia Civil contra Sastre, réu por homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima, ambos na modalidade por dolo eventual.
O desembargador João Augusto Garcia revogou as medidas cautelares anteriores que beneficiavam Sastre e determinou a prisão preventiva de urgência por tempo indeterminado. Se condenado, a pena do réu pode chegar a 20 anos de prisão.
O magistrado acatou a denúncia feita pela promotora Monique Ratton e cita os relatos das testemunhas de que o motorista da Porsche estava alcoolizado e “não conseguia sequer parar em pé”. A decisão também menciona o fato de que o rapaz transitava a 156 km/h no momento da batida. A velocidade máxima permitida é de 50 km/h.
Na decisão, o juiz, apontou que Fernando tinha em seu histórico multas por excesso de velocidade. Ele foi flagrado, por exemplo, em um racha na Avenida Paulista, além de outras infrações que levaram à suspensão da CNH, recuperada 13 dias antes do acidente.
O Brasil Urgente conversou com a defesa de Sastre. O posicionamento é de que o réu não está foragido e cumprirá a decisão da Justiça.
