O apresentador Fausto Silva passou por um transplante de rim nesta segunda-feira (26). Ele estava internado desde o último dia 25 para se preparar para a cirurgia. Segundo nota do Hospital Albert Einstein desta terça-feira (27), o comunicador passou pelo procedimento devido a um agravamento de doença renal crônica.
Na nota, a equipe que cuida de Faustão informou que ele agora segue em “observação para acompanhamento da adaptação do órgão e controle clínico”. Ele passou pela cirurgia após o Einstein acionar a Central de Transplantes do Estado de São Paulo e realizado a avaliação sobre a compatibilidade do órgão doado.
A nota médica foi assinada pelos médicos Marcelino Durão, nefrologista e coordenador médico de transplante renal do Hospital Albert Einstein, Sérgio Ximenes, urologista e membro da equipe de transplante renal do Hospital Israelita, Fernando Bacal, cardiologista do Hospital Israelita Albert Einstein e Miguel Cendoroglo Neto, diretor médico de serviços hospitalares e prática médica do Hospital Israelita Albert Einstein.
Faustão passou por transplante de coração em 2023
Em agosto do ano passado, o apresentador passou por um transplante de coração devido a uma insuficiência cardíaca. A cirurgia demorou ao menos 2h30 e ele teve pronta recuperação.
Campanha da Band
O Grupo Bandeirantes acredita que a solidariedade salva. Por isso, no dia 21 de agosto, lançou a campanha "Doe órgãos, Doe vida", uma conscientização para a doação de órgãos e tecidos.
Todos os dias, inúmeras vidas estão em jogo, esperando uma segunda chance que só pode vir de um ato de generosidade. Converse com a sua família sobre o assunto. Só ela pode autorizar esse ato. Veja mais informações no site do Ministério da Saúde.
O Brasil tem o maior sistema público de transplante de órgãos do mundo, além de ser o segundo maior transplantador, atrás apenas dos Estados Unidos. A estrutura é gerenciada pelo Ministério da Saúde, responsável pela garantia de 90% das cirurgias por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Há uma integração com todas as 27 centrais estaduais.
Segundo o Ministério da Saúde, atualmente, há 617 hospitais e 1.495 equipes autorizados a realizarem transplantes no Brasil. Uma delas é liderada pelo médico Lúcio Pacheco, especialista em transplante de fígado. As etapas para um transplante acontecer são as seguintes:
inclusão do paciente na lista nacional de transplantes pelo médico autorizado;
acompanhamento da posição na fila pelos canais oficiais do governo;
passar pelo procedimento caso haja o órgão compatível e a posição na fila seja favorável.
Sistema de transplante no Brasil
O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) funciona por ordem cronológica de cadastro, mas há prioridades em meio à fila, a depender dos critérios que o paciente preenche. Com isso, a cirurgia só ocorre de acordo com necessidades médicas, o estágio de gravidade da insuficiência cardíaca, tipo sanguíneo e outras especificidades.
A compatibilidade genética é fator importante na decisão de quem receberá o órgão e o tempo de isquemia, o tempo de duração do órgão fora do corpo. No caso, a demora do transporte do órgão da origem até o transplante.
Crianças são prioridade ao concorrerem na fila com adultos, seja pelo doador também ser criança, ou por estarem diretamente concorrendo com mais velhos.