A insegurança alimentar ainda atingiu uma em cada quatro famílias sofreu com insegurança alimentar em 2023, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (25).
Este índice corresponde a quase 27,6% dos lares do país. O número também demonstra um avanço na luta contra a fome no Brasil, que em 2018 tinha 36,7% das famílias com algum grau de insegurança alimentar.
Ainda que seja possível constatar uma melhora nesse cenário, o desperdício ainda é um problema que impede que a comida chegue aos cidadãos. Do total de alimentos produzidos no mundo, cerca de 14% são perdidos e 17% desperdiçados. Essa quantidade é suficiente para alimentar cerca de 1 bilhão de pessoas, segundo as Nações Unidas.
Segundo analistas do IBGE, os principais fatores que ajudaram a diminuir a insegurança alimentar no Brasil foram a melhoria do mercado de trabalho, a ampliação de programas sociais que distribuem renda e a redução no preço dos alimentos em 2023.
Ainda de acordo com o IBGE, entre 2018 e 2023, houve uma pequena redução da prevalência de insegurança alimentar moderada e manutenção do patamar de insegurança alimentar grave.
Para o índice continuar caindo, algumas medidas ajudam: como aumento do salário mínimo, corte de impostos sobre alimentos básicos e redução no desperdício de comida.
Para José Graziano da Silva, presidente do Instituto Fome Zero, o Brasil precisa de uma política de segurança alimentar para acabar de vez com a fome no país.
“À estrutura de política de segurança alimentar não tem isso ainda, não tem um lugar no município que você possa bater à porta se você tiver uma família com fome. É uma política que falta unificar no Brasil”