O debate sobre o auxílio-alimentação para servidores da Câmara de Vereadores de Cascavel retorna à pauta nesta tarde, agora com propostas de emendas que podem alterar o conteúdo original do projeto. Entre as mudanças, estão a exclusão do pagamento para servidores com os salários mais altos e a extensão do benefício para servidores municipais, que somam cerca de 10 mil profissionais.
Uma das emendas, apresentada pelos vereadores Alécio Spínola e Policial Madril, define um teto de R$ 10 mil de salário bruto para receber o auxílio, impedindo que funcionários com vencimentos superiores a esse valor, incluindo cargos como Oficial Legislativo II, Contador e Almoxerife, recebam o benefício. Atualmente, três salários ultrapassam R$ 20 mil e 64 servidores recebem acima de R$ 10 mil.
Outra emenda da Mesa Diretora estabelece circunstâncias em que o pagamento não será realizado, incluindo licenças para serviço militar, mandato sindical ou eletivo, e funções em conselhos tutelares.
O projeto original já havia sido aprovado com 16 votos favoráveis e quatro contrários. A justificativa dos defensores é que o orçamento da Câmara, de R$ 44 milhões, está abaixo do limite constitucional e permite o gasto. Já os opositores defendem economia e criticam o aumento para servidores com salários mais altos. Atualmente, o vale-alimentação do município é de R$ 370, pago a quem recebe até R$ 3.400, mas o sindicato reivindica R$ 800 para todos os servidores municipais.