O vereador Everton Guimarães, presidente da CPI ''Professor Monstro'', recebeu nesta semana a delegada Thaís Zanatta, do Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes). O encontro teve como objetivo apresentar o andamento das investigações sobre os casos de abuso sexual cometidos por um agente de apoio em um CMEI de Cascavel, além de tratar de novas denúncias que envolvem outros servidores da rede municipal de ensino.
Durante a reunião, houve troca de informações que possam auxiliar nas investigações policiais, que seguem em andamento. A delegada solicitou o acesso aos depoimentos das mães colhidos durante as oitivas da comissão parlamentar de inquérito.
"No caso do ''professor monstro'', a delegada pediu os depoimentos das mães para que ela possa avaliar quais medidas tomar, inclusive em relação ao fato de o homem ainda estar solto. Além disso, falamos sobre novas denúncias: recebi três relatos envolvendo professores e agentes de apoio. As três denúncias são por abuso sexual. Em um dos casos, constatamos que o servidor foi demitido; nos outros, solicitei informações à SEMED, que confirmou que eles estão afastados desde junho. A delegada também pediu os nomes desses servidores para verificar se já existe algum processo contra eles no NUCRIA", afirmou o vereador Everton Guimarães.
CPI na reta final
A comissão está em fase final de apuração. Ao longo dos trabalhos, foram ouvidos servidores, mães de alunos, a Secretária de Educação, o procurador jurídico do município e até o ex-prefeito de Cascavel.
O processo foi considerado extenso. O prazo estimado para a conclusão do relatório final é de cerca de 20 dias. Assim que finalizado, o documento será encaminhado ao Ministério Público, ao Executivo Municipal e também ao Nucria.
"Nós vamos continuar enviando requerimentos, agora direcionados à Controladoria, para saber como estão os novos casos. Mas a CPI, neste momento, deve apenas apresentar o relatório final", disse Everton.
Câmara quer garantir segurança dos alunos
Mesmo com o encerramento próximo da CPI, novas denúncias recentes motivaram a Câmara de Vereadores a seguir cobrando ações efetivas para a proteção das crianças.
Segundo Everton Guimarães, a instalação de câmeras de segurança em todas as unidades escolares da rede municipal é uma medida necessária e urgente para prevenir novos casos.
"Algo que precisa ser tratado com urgência — não apenas pela CPI, mas pelos 21 vereadores, pelo empenho do Executivo e também pelos deputados de Cascavel — são as câmeras nas escolas. Precisamos começar pelos CMEIs e pelas escolas. Mas, enquanto as câmeras não chegam, é fundamental falarmos bastante sobre os casos, para que as pessoas criem coragem de denunciar", reforçou o vereador.