A escassez de vagas nos cemitérios municipais de Londrina tem se agravado e se tornando cada vez mais um problema para a cidade. Famílias reclamam que não conseguem, nem pagando, terreno para construção do jazigo.
O representante comercial, Patrick Augusto de Almeida, diz que não tem paz desde a morte da avó, em 2021. O corpo está, provisoriamente, em uma gaveta que foi alugada no Cemitério Jardim da Saudades, na zona norte. Porém, o local precisa ser desocupado nos próximos meses. “Já fui na Acesf e eles alegam que não tem gaveta para vender”, explicou.
O drama, vivido pelo Patrick é o mesmo de muitos outros londrinenses. A cidade não tem espaços disponíveis para enterro. Assim, famílias que, ao mesmo tempo enfrentam o luto, precisam também encarar a decisão de como descansar o corpo de um familiar de forma digna.
Segundo a Acesf (Administração dos Cemitérios e Serviços Funerários) atualmente o município tem cerca de 70 gavetas para vender e novas gavetas devem ser construídas nos próximos meses, mas ainda não há previsão de quando um cemitério será construído dentro da área urbana de Londrina. “Há um processo licitatório para compra de terreno, mas só podemos comprar depois da publicação, que deve ser feita depois de fevereiro”, explicou Péricles Deliberador, superintendente da Acesf.