Em manifestação nesta quinta-feira (07), os motoristas de aplicativos demonstraram insatisfação com o projeto do governo federal que prevê a regulamentação da categoria. A manifestação aconteceu na Rua Chile, na sede da Assosciação de Motoristas de Aplicativos. De acordo com os trabalhadores, o desejo é que os motoristas continuem sem vínculo trabalhista, mas o grupo tem um ponto à favor: a regulamentação.
O projeto cria regras específicas de contribuição para a previdência social: os motoristas deixarão de atuar como MEI (Micro Empreendedor Individual) e deverão recolher 7,5% sobre o valor bruto do que arrecadam com as corridas. Para as empresas, a porcentagem é de 20%. Com esta medida, os trabalhadores passarão a ter direitos aos benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), o que atualmente, não acontece.
De acordo com André Cicotosto, da Associação de Motoristas de Aplicativos de Londrina, em entrevista ao programa Primeira Hora, os motoristas veem o PL (Projeto de Lei) como "um PL de destruição", porque o projeto prevê um pagamento de R$ 32,10 por hora de trabalho, que só é contabilizada durante as corridas. Quem cumprir a jornada de oito horas diárias não poderá receber menos que R$ 1.412.
A categoria espera que, com a mobilização, o governo federal reveja pontos da proposta. O governo calcula arrecadar quase R$ 280 milhões para a previdência social.