Todos os locais
Todos os locais

Selecione a região

Instagram Londrina
Instagram Cascavel
Cidade
Londrina e região

MPPR apura suposto acúmulo de remuneração por secretários municipais de Londrina

O Gepatria instaurou procedimento para verificar se três secretários acumulam vencimentos de cargos públicos de origem com subsídio municipal, o que pode contrariar a Constituição
23 mai 2025 às 17:05
Por: Gabriel Alves

O Gepatria (Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa), vinculado ao Ministério Público do Paraná, instaurou procedimento para apurar o suposto acúmulo de remuneração por parte de três secretários municipais de Londrina, em documento emitido no dia 13 de maio.

 

A medida busca esclarecer se os ocupantes das pastas de Planejamento, Saúde e Recursos Humanos estão recebendo vencimentos de outros entes públicos simultaneamente ao subsídio do cargo comissionado, o que pode configurar irregularidade administrativa. O salário de um secretário municipal em Londrina é de R$ 21,9 mil. Este valor foi aprovado em dezembro de 2024 e tambem é o salário do vice-prefeito. 

 

Segundo o documento que a Tarobá teve acesso, a apuração teve início após o recebimento de duas representações - uma de forma anônima e outra formulada por representantes do movimento popular “Por Amor à Londrina”.

Outras notícias

Família e hospital alertam para golpes envolvendo paciente vítima de incêndio em Cascavel

61 pessoas foram presas por tráfico de drogas no Paraná em 2025, segundo balanço

Motociclista fica ferido em acidente no bairro Maria Luiza em Cascavel

 

Ambas apontam que os secretários Marcos Jerônimo Goroski Rambalducci (Planejamento), Vivian Biazon El Reda Feijó (Saúde) e Leonardo Bueno Carneiro (Recursos Humanos e Gestão Pública) supostamente ocupam cargos efetivos em outras instituições públicas e, ao mesmo tempo, exercem funções comissionadas na administração municipal, com possível recebimento simultâneo de remunerações.

 

O PL (Projeto de Lei) 52/2025 enviado à CML (Câmara Municipal de Londrina) pelo prefeito, Tiago Amaral, foi retirado do regime de urgência pelos vereadores de Londrina, durante sessão desta quinta-feira (22). A intenção é alterar o Estatuto dos Servidores do município e permitiria o acúmulo salarial de servidores municipais, estaduais e federais nomeados para cargos comissionados na cidade, o que causou polêmica.

 

A Constituição Federal, estabelece que secretários municipais devem ser remunerados exclusivamente por meio de subsídio em parcela única, sendo proibido o pagamento de gratificações, adicionais ou qualquer outra forma de remuneração complementar. Ou seja, apenas um salário deveria ser escolhido por parte do servidor.

 

Como parte do procedimento, o Gepatria solicitou ao Executivo de Londrina documentos relacionados às nomeações, fichas funcionais, financeiras e declarações de opção de vencimentos dos três secretários. Também foram requisitadas informações às instituições de origem dos servidores (Universidade Estadual de Londrina, Universidade Tecnológica Federal do Paraná e Governo do Estado do Paraná) sobre os processos de cessão funcional para os cargos na Prefeitura de Londrina.

 

A intenção por parte do Ministério Público é verificar, se os pagamentos estão sendo realizados dentro do limite previsto pela Constituição, se existe ressarcimento aos entes de origem, e se os atos administrativos autorizam legalmente a remuneração dos servidores nessas condições.

 

O procedimento instaurado pelo Gepatria ainda está em fase inicial e não há conclusão sobre a existência de irregularidades. O MPPR aguarda o envio dos documentos solicitados para avaliar a legalidade dos pagamentos e eventuais medidas cabíveis.


A Tarobá entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Londrina que enviou a seguinte nota: 


"Entende que o projeto de lei 52/2025 apresentado à Câmara Municipal não afronta os princípios constitucionais da eficiência, moralidade e impessoalidade, uma vez que já existem leis em outros municípios como Curitiba e Ponta Grossa e  ampla jurisprudência que pacifica o tema, inclusive entendimento consolidado no Tribunal de Justiça do Paraná. 


Nesse sentido, o PL reflete apenas o que já está previsto no estatuto do servidor do Estado do Paraná e no Estatuto da Polícia Civil do Estado do Paraná. Em relação a servidores cedidos pela União, não há previsão legal do recebimento do salário-base acrescido da remuneração do cargo de secretário,  motivo que impossibilita a remuneração desses servidores por parte do Município. Justamente para fortalecer o cumprimento do princípio da impessoalidade, a Prefeitura entende como essencial garantir a mesma prerrogativa já prevista no Governo do Estado do Paraná a servidores do município de Londrina e outros entes da federação que não o estado."


Veja também

Relacionadas

Cidade
Imagem de destaque

Catuaí Shopping Cascavel divulga horários especiais para o fim de ano

Cidade
Imagem de destaque

Funcionário de escola é denunciado por abuso sexual de adolescentes em Capitão Leônidas Marques

Cidade

Idosa de 64 anos morre ao cair em máquina de triturar isopor em Londrina

Cidade

Homem que agrediu vendedora com celular em Ibiporã presta depoimento à Polícia Civil

Mais Lidas

Cidade
Londrina e região

Advogada que salvou família de incêndio em Cascavel acorda após quase dois meses em coma

Cidade
Brasil

Homem que foi resgatado de afogamento no Lago Igapó morre no Hospital Universitário

Cidade
Londrina e região

Cinco suspeitos morrem em confronto com a Polícia Militar na zona leste de Londrina

Cidade
Londrina e região

Suspeito de homicídio no Conjunto Cafezal se apresenta à polícia e presta depoimento

Cidade
Londrina e região

Criminoso invade casa, atira em quatro pessoas e mata duas em Ibiporã

Podcasts

Podcast Falando de Gestão | EP 41 | ALCAL | Charles Feldhaus e Maria Angélica Constantino

Podcast Fala Advocacia | EP 1 | A Gestão da OAB Paraná e Londrina

Podcast Pod Tah | EP 39 | Moda e Atendimento Personalizado | Patricia Martins

Tarobá © 2024 - Todos os direitos reservados.