O Núcleo de Cascavel do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, e a Corregedoria-Geral da Polícia Militar, cumpriram, na manhã desta terça-feira, 16 de dezembro, em Quedas do Iguaçu, no Centro-Sul do estado, quatro mandados de busca e apreensão no âmbito da quinta fase da Operação Juros e Pólvora. Nesta etapa das investigações, são apurados os crimes de corrupção ativa e passiva e de violação de sigilo funcional. Os alvos das medidas são dois policiais militares, investigados por supostamente terem recebido vantagens financeiras ilícitas para a prática de atos de ofício em favor de terceiro.
Durante o cumprimento das ordens judiciais, autorizadas pelo Juízo da Vara da Auditoria da Justiça Militar do Estado, foram apreendidos celulares, equipamentos eletrônicos, documentos, 106 munições (calibres 9 mm, .38 e .12) e 274 espoletas. Os materiais serão periciados e subsidiarão a continuidade das apurações.
Além disso, um dos policiais militares foi preso em flagrante por posse de munições em desacordo com determinação legal e, ainda, afastado de suas funções por determinação do Juízo da Vara da Auditoria da Justiça Militar do Estado. O cumprimento das ordens judiciais foi acompanhado por duas equipes da Corregedoria da Polícia Militar (de Cascavel e Londrina).
Fases anteriores – As investigações da Operação Juros e Pólvora tiveram início em meados de 2024, a partir de denúncia de que um advogado da cidade de Quedas do Iguaçu venderia armas de fogo e munições de forma ilegal. Além disso, ele emprestaria dinheiro e trocaria cheques a juros elevados, prática que configura agiotagem.
Na sequência, as investigações foram ampliadas, com o cumprimento de mandados também em Tigrinhos, no estado de Santa Catarina. Entre os investigados, além de policiais militares, figuram vereadores, secretário municipal, servidor e ex-servidores de Quedas do Iguaçu.