A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), iniciou nesta terça-feira (5), a readequação das placas e sinalizações horizontais que indicam a velocidade máxima permitida ao longo da avenida Leste-Oeste. A expectativa é que o serviço seja concluído em uma semana e que, já na próxima terça (12), todo o perímetro compreendido entre as avenidas Universo e Dez de Dezembro tenha o teto de circulação padronizado em 50 km/h.
A exceção será a área localizada nas proximidades da UPA Jardim do Sol e do Terminal Oeste, onde as placas indicativas permanecerão fixadas em 30 km/h. De acordo com Laércio Voloch, gerente operacional de trânsito da CMTU, o objetivo da medida é igualar os limites de velocidade nos vários trechos da via, que atualmente possui locais onde é possível transitar a 60 km/h.
Voloch ressalta que a ação está em sintonia com abordagens internacionais em segurança viária, que preconizam a redução da velocidade em vias urbanas como instrumento para diminuição do número de sinistros e, principalmente, de mortes no trânsito. “Diversos estudos demonstram que, quanto maior é a celeridade nos deslocamentos, menor é a capacidade de reação do condutor em casos de imprevistos”, explica.
O gerente lembra que a iniciativa é um desdobramento da campanha “Por favor, reduza a velocidade”, lançada em 2022, que alçou a avenida Angelina Ricci Vezozzo, na região norte, à posição de primeiro ponto a receber a mudança. De lá para cá, também as avenidas Santos Dumont, Juscelino Kubitschek (JK), Tiradentes, Madre Leônia Milito, Saul Elkind e parte da Dez de Dezembro tiveram seus limites alterados.
“Com o término das intervenções, todo o corredor formado pela Leste-Oeste e pela Theodoro Victorelli terá a velocidade máxima unificada em 50km/h, oferecendo mais segurança a pedestres, ciclistas, motociclistas e condutores, e trazendo mais previsibilidade a quem dirige em termos de fiscalização. Nosso propósito, com isso, é preservar a vida e fazer de Londrina uma cidade de trânsito mais amigável e harmonioso”, destaca.
Levantamentos – Estudos realizados pela companhia indicam que, desconsiderando as interferências existentes, se um condutor conseguisse manter a velocidade constante de 60 km/h para cruzar de uma ponta à outra a Leste-Oeste, levaria aproximadamente 4 minutos e 48 segundos para percorrer todo o trecho. Já a 50 km/h o tempo subiria para 5 minutos e 46 segundos. Ou seja, a diferença no intervalo de deslocamento, após a readequação da velocidade, não chegaria a 1 minuto.
Na prática, no entanto, a situação é diferente. Levantamentos feitos no local apontam que, considerando a intensidade do tráfego, as paradas nos semáforos, o volume de veículos na via e o horário do dia, o tempo médio para percorrer o trecho pode chegar a 9 minutos e 35 segundos. Isto é, no dia a dia, com o tráfego intenso, os veículos já transitam em uma velocidade inferior à estabelecida atualmente na avenida.
Monitoramento eletrônico – Em mais um movimento para coibir o excesso de velocidade em Londrina, a CMTU fará na próxima segunda-feira (11) o acionamento de mais quatro aparelhos de fiscalização. Três dos dispositivos estão localizados na avenida Leste-Oeste: um em cada sentido de circulação nas entradas da trincheira no cruzamento com a Rio Branco, e outro na esquina da rua São Vicente, nas proximidades do Terminal Central, no sentido leste–oeste. O quarto equipamento entrará em funcionamento no encontro da avenida Dez de Dezembro com a rua Potiguares. Em todos os pontos monitorados, o limite de circulação será de 50 km/h.
O início da fiscalização ocorre após levantamentos indicarem comportamento irregular dos motoristas. Entre os dias 1o de setembro e 4 de novembro, por exemplo, o radar implantado na Leste-Oeste com a São Vicente captou 7.166 episódios de excesso de velocidade. No mesmo período, o equipamento posicionado na Dez de Dezembro com a Potiguares registrou 15.710, enquanto o colocado no sentido bairro-centro na entrada do túnel Jayter Cortez, na Leste-Oeste com a avenida Rio Branco, registrou 8.488 casos.
Diante dos resultados da avaliação, e na ausência de outras possibilidades legais de intervenção, a companhia chegou à conclusão de que o monitoramento eletrônico é a melhor alternativa para coibir o comportamento nocivo e avançar na preservação de vida. Isso, contudo, sem comprometer a fluidez do tráfego nesses locais.
Com o início da operação dos quatro novos dispositivos, Londrina passará a contar com 120 pontos de monitoramento eletrônico. Em 78 deles há a presença de radares fixos e mistos, que, além do excesso de velocidade, fiscalizam também o avanço de sinal vermelho e parada sobre a faixa de pedestres. Em outros 42 locais estão instaladas câmeras de vídeo monitoramento, capazes de flagrar, por exemplo, o uso do celular ao volante, estacionamento irregular, conversões proibidas e outras infrações referentes a condutas de circulação.
Além da readequação da velocidade máxima permitida nos principais corredores de tráfego, com ampliação da fiscalização eletrônica, o Município tem investido na construção de lombadas e faixas elevadas, bem como no contínuo monitoramento e ajuste da sinalização.