Após um pedido de vistas, a proposta de revogar o Jinrou do calendário oficial do município voltou a gerar debates acalorados na Câmara de Vereadores. A discussão ocorre em um contexto delicado: o organizador do evento, que era o principal de cultura geek e k-pop da região, foi preso no mês passado, às vésperas da edição deste ano, acusado de crimes sexuais contra menores. Ele foi denunciado pelo Ministério Público por 15 crimes, envolvendo sete vítimas com idades entre 13 e 17 anos, em atos que teriam ocorrido entre agosto de 2023 e julho de 2025.
Um dos principais argumentos levantados em plenário, como pelo vereador Everton Guimarães, foi a necessidade de separar a imagem da instituição cultural da conduta criminosa do ex-organizador. Ele defendeu que “o evento e a instituição são maiores do que a pessoa”.
Curiosamente, o vereador Serginho Ribeiro, que propôs a retirada, foi o mesmo que sugeriu a inserção do evento no calendário em 2019. Segundo ele, o papel da Casa de Leis é revisar proposições quando elas já não se encaixam mais no contexto atual.
A atual gestora do evento, Katharine Alves, acompanhou a votação e afirmou que o grupo se posicionou favorável à retirada do calendário, visando um recomeço para o Jinrou. “A gente deseja um recomeço. A gente está focando agora em um novo ciclo”, declarou a gestora, indicando que novos planos já estão sendo traçados para a realização do evento.