O secretário de Estado de Saúde, Beto Preto participou de entrevista ao vivo no Tarobá Notícia para analisar a pandemia no Paraná, neste sábado (5). Ele lembrou que o Estado viveu um momento atípico por conta da explosão de casos de Covid-19 e da H3N2 durante o verão.
“Ambos são vírus respiratórios e isso então aconteceria mais no fim de outono, início de inverno. Tudo está invertido no mundo dos vírus e precisamos entender isso. Passado o Réveillon o número de casos aumentou, depois começou a cair e agora tivemos o Carnaval, que foi mais pacato que o normal, mas não deixou de ter mobilização de pessoas como viagens de famílias”, explica.
O secretário falou ainda que por meio de estudos foi verificada diminuição no número de casos de Covid-19 e da ocupação nos hospitais, mas alertou sobre mudanças previstas para as próximas semanas.
“Há indício de que o alto número de casos graves internados deve acontecer até o dia 15 de março. Porque primeiro tivemos a explosão de casos, depois a ocupação de enfermarias e alguns casos vão evoluir. Vão ser atingidos aqueles que não foram vacinados ou que foram vacinados de forma incompleta. De 100 pessoas que estão nas UTIs no PR, 93% ou não tomaram ou tomaram somente uma e se sentiram seguros ou tomaram a primeira e a segunda e ainda falta a dose de reforço ou então são idosos que tomaram a primeira dose no ano passado e não buscaram o reforço”.
Vacina
Beto Preto também comentou sobres dados da vacinação. Segundo ele, no Paraná, há 250 mil pessoas acima de 18 anos que não tomaram nenhuma dose e 1,3 milhão que não buscou a dose de reforço.
O secretário lembrou ainda que o Paraná é o terceiro estado da Federação que mais vacinou crianças, mas que ainda não atingiu a meta de 60%.
“Temos vacina e quero fazer o apelo ao pai à mãe: a Sociedade Brasileira de Pediatria, Sociedade Brasileira de Infectologia, médicos e os melhores especialistas têm falado que elas sejam vacinadas. É importante vacinar a criança de 5 a 11 anos. Isso ajuda a controlar a circulação do vírus na escola e dentro de casa a diminuir o risco entre idosos”.