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Ciência e saúde

Falsa enfermeira aponta novos casos de desvio de vacina em Apucarana

21 mai 2021 às 08:57
Por: Redação Tarobá News
Créditos: Wallace Machado -

A falsa enfermeira, presa com doses desviadas da vacina contra Covid-19, denunciou novos casos da aplicação irregular de vacina em Apucarana. Durante depoimento à Comissão Especial criada na Assembleia Legislativa do Paraná para apurar possíveis irregularidades na ordem de vacinação contra a Covid-19 no Estado, nesta quinta-feira (20), Silvania Regina citou ainda outras irregularidades envolvendo servidores públicos.

Silvania, que atuou como voluntária na vacinação no município, citou nomes de servidores municiais que teriam autorizado e vacinado pessoas fora do Plano Nacional de Imunização, além de pessoas que burlaram a fila. A falsa enfermeira também nominou as cinco pessoas da mesma família, de Mandaguari, vacinadas por ela. “Foi uma família que me ajudou muito em um momento difícil”, justificou.

Silvana está presa e a oitiva foi autorizada pela Justiça. 

Durante o depoimento à Comissão contou ainda que não cobrou pela aplicação das doses e disse que nunca foi questionada pela prefeitura sobre não ter formação na área da saúde, quando foi aceita para trabalhar como voluntária.

Ela foi convocada pelo servidor que, na época, atuava como coordenador da Epidemiologia municipal. Ele foi afastado do cargo logo após a prisão de Silvania.

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Silvana contou ainda que o próprio coordenador do setor, na época teria autorizado a vacinação de pessoas que não estavam na fila prioritária. Segundo ela, mais de 20 pessoas, com até 40 anos de idade, foram vacinas no esquema comandado por um funcionário do posto.

Ao menos mais vinte casos de desvio de finalidade na fila da vacinação devem ser alvo de investigação da CEI na cidade.

Entenda o caso
Silvana foi presa no último sábado (15), em Apucarana, com doses de vacina contra Covid-19. De acordo com as investigações do Ministério Público, que pediu a prisão dela, foram encontrados na casa dela um frasco da vacina Astrazeneca, com cinco doses, um frasco da CoronaVac, sem número de doses determinado, e um componente vazio. 
A prisão aconteceu após denúncia de que ela ofereceria, pelo WhatsApp, doses de vacina a pessoas não contempladas nos grupos prioritários.

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