Em entrevista ao jornal Tarobá Notícia, nesta quinta-feira (23), o secretário municipal de Saúde em Londrina, Felippe Machado, repercutiu a polêmica em torno da vacinação de crianças de 5 a 11 com o imunizante da Pfizer, o que foi autorizado no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão responsável pela liberação de vacinas e medicamentos no País.
Apesar do aval da Anvisa e da comunidade científica, o Ministério da Saúde cedeu a pressões de grupos que divergem sobre a polêmica e abriu uma consulta pública nesta quinta para ouvir a população sobre o assunto técnico científico. A decisão foi postergada pelo governo federal para o começo de janeiro.
“Chamou a atenção de toda comunidade científica e médica do Brasil e do mundo. A liberação compete a Anvisa. Quem compete essa análise técnica no território nacional é a Anvisa”, ressaltou Machado.
O secretário municipal classificou como “estranha” a consulta pública, apesar do embasamento científico que já corrobora a vacinação com o imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. “É estranho o Ministério da Saúde chamar a consulta pública, pois já existem dados científicos robustos sobre a eficácia da vacina em crianças. Nos Estados Unidos, mais de 5 milhões de crianças já foram vacinadas”, apontou.
O prefeito Marcelo Belinati também se manifestou pelo Twitter na quarta-feira (22). Ele cobrou uma posição médica e científica do ministro Marcelo Queiroga e pediu para ele não ceder por questões “políticas e ideológicas”. O apelo foi o mesmo do secretário de Saúde.
“Não pode ser (decisão política) em hipótese nenhuma. O que nos arrastou em 20 meses na pandemia foi o envolvimento da política, envolvimento de pessoas que acham, que ouvem falar, que buscam em sites sem nenhuma credibilidade. Aqui em Londrina, desde o início nos pautamos na ciência”, reforçou.
ASSISTA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA