A Prefeitura de Londrina abriu no final do ano passado o cadastro para vacinação contra Covid-19 de crianças entre 5 e 11 anos com o imunizante o Pfizer, que já havia sido autorizado pela Anvisa.
Até o momento, a Secretaria Municipal de Saúde anunciou que 14 mil crianças nesta faixa etária foram cadastradas pelos pais ou responsáveis. O objetivo é iniciar a vacinação antes do retorno das aulas após a liberação anunciada pelo Ministério da Saúde na quarta-feira (5) sem a exigência de receita médica, o que foi cogitado pelo governo Bolsonaro.
A vacinação das crianças passou por consulta pública, apesar do aval técnico da Anvisa, que teve servidores ameaçados por conta da autorização do uso imunizantes da Pfizer. A posição do governo federal foi alvo de críticas. O prefeito Marcelo Belinati fez uma série de postagens nas redes sociais cobrando uma posição técnica e não política do ministro Marcelo Queiroga, que assim como o prefeito, também é médico.
Após o anúncio de que o governo federal vai enviar as doses para vacinação de crianças no País, Belinati usou novamente as redes sociais, na noite de quarta, e comentou que o Ministério da Saúde acertou “em voltar atrás”.
“O Governo Federal desistiu de exigir receita pra ter que vacinar as crianças. Como eu havia dito antes, não tinha porquê disso. Não era uma decisão técnica ou médica. Era política. Acertaram em voltar atrás. Reconhecer erros e retroceder é uma atitude correta na vida”, postou.
CAMPANHA NACIONAL
O esquema vacinal será com duas doses, com intervalo de oito semanas entre as aplicações. O tempo é superior ao previsto na bula da vacina da Pfizer. Na indicação da marca, as duas doses do imunizante poderiam ser aplicadas com três semanas de diferença.
Segundo o Ministério da Saúde, será preciso que a criança vá vacinar acompanhada dos pais ou responsáveis ou leve uma autorização por escrito.
O Ministério também recomendará uma ordem de prioridade, privilegiando pessoas com comorbidades e com deficiências permanentes; indígenas e quilombolas; crianças que vivem com pessoas com riscos de evoluir para quadros graves da covid-19; e em seguida crianças sem comorbidades.