O secretário municipal de Saúde, Felipe Machado, deu uma entrevista ao vivo no Primeira Hora para falar sobre o atual momento do combate ao coronavírus em Londrina. Com o colapso do sistema de Saúde e falta de leitos para internações, ele voltou a pedir que a população tome os cuidados necessários como evitar aglomerações, usar máscaras e álcool gel e respeitar as medidas de distanciamento social.
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Machado apresentou números e disse que o número de casos confirmados é menor que em novembro e dezembro, média de 200 a 300 por dia, no entanto, o vírus está mais letal e o internamento de jovens sem comorbidades aumentou com a circulação da nova cepa. A média de internamento atual caiu para 39 anos com óbitos nas faixas etárias mais jovens.
"Falta de articulação e comando único por parte do governo federal, é o que seria mais adequado. Cada município e estado procurou fazer de uma maneira e isso trouxe dificuldades no processo", opinou. Sobre a mutação do vírus, ele disse que o Brasil está vivendo o que a China viveu em dezembro e corre o risco de se tornar o epicentro do coronavírus no mundo.
Ele ainda informou que 83% das pessoas que morreram em Londrina desde o início da pandemia são idosos. Por isso, a vacinação começou por essa faixa etária. Mas, o secretário afirma que o sistema nacional imuniza mais de 100 milhões de brasileiros contra gripe todo ano e por isso, ele acredita que o País pode ser imunizado de maneira mais ágil e eficiente. “Estamos trabalhando apenas com duas vacinas no momento e outros países do mundo com 10”, comparou.
Questionado pelo apresentador Diogo Hutt sobre o lockdown, Machado respondeu que a medida é extrema e que deve ser usado em momentos extremos. "Se a população tivesse respeitado, seria possível levar a questão da saúde em paralelo com a economia", acrescentou. Em seguida, ele revelou que 989 paranaenses aguardavam leitos de internações no domingo (7).