Pacientes relatam dificuldades para realizarem parto na Maternidade Municipal de Londrina. Uma lei estadual garante o direito da mulher escolher, a partir da 39 semana, se quer parto normal ou cesariana, mas segundo as gestantes, esse direito não estaria sendo cumprido.
Carolina está com 40 semanas de gestação e, segundo o médico que realizou o pré-natal na UBS do conjunto Ruy Virmond Camascialli, a indicação é que seja realizada uma cesariana. O motivo seria que a mãe tem 1,57 de altura e o bebê é grande, com aproximadamente quatro quilos.
De acordo com Carolina, ao chegar na maternidade, pronta para o parto, houve dificuldades. “O médico me orientou para vir hoje em jejum e me disseram que não podem fazer a cesárea. Falaram que a lei que tem não se aplica à maternidade, então fui para casa”, disse.
Fernanda Silva diz que a filha, Kauane, tem pressão alta e problemas com obesidade, e está com dificuldade para conseguir fazer uma cesariana. Ela tentou o Hospital Universitário, mas foi informada que para ser atendida precisaria de uma indicação da Maternidade Municipal, mas não conseguiu.
“Eles falaram que ela tem que voltar para o HU porque não tem como atender ela, por causa do peso. A médica falou que não teria como fazer a cesariana aqui. Eu pedi a carta para ela ir para lá e não deram, e lá disseram que precisam do encaminhamento daqui”, explicou Fernanda.
Kauane está com 39 semanas de gestação e com muitas dores recebeu atendimento na maternidade, mas ainda não havia conseguido a cesariana. “Eu tô morrendo de dor, não vou ficar sofrendo de dor, não”, disse Kauane por áudio em um aplicativo.
Em nota, a Secretária de Saúde informou que se houver indicação médica, será realizada a cesárea. Também informou que Kauane está recebendo toda assistência adequada da equipe médica e de enfermagem da maternidade. Já Carolina, foi chamada para atendimento e encaminhada para a cesariana.