O Hospital do Câncer de Londrina precisou suspender tratamentos e diagnósticos em decorrência do atraso no fornecimento dos radiofármacos. Segundo a direção da instituição, pelo menos 40 pacientes tiveram o tratamento impactado e caso não recebam o medicamento nesta semana, mais pacientes serão afetados.
O medicamento em falta é utilizado usados em diversos tipos de exames de imagem e no tratamento de câncer, em especial de tireóide. Atualmente, a instituição atende 600 pacientes com esse tipo de câncer. Com a produção dos radiofármacos parada, unidades de saúde e clínicas de todo país se viram obrigados a suspender sessões de tratamento e exames.
O atraso no fornecimento aconteceu em decorrência da queda da produção de radiofármacos pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), que não recebeu a verba para importar os insumos necessários para a produção.
Nesta segunda-feira (27), o ministro de Ciência e Tecnologia Marcos Pontes, em visita a Londrina, garantiu que o Governo Federal deve liberar emergencialmente R$ 19 milhões em crédito suplementar para que o Ipen importe os insumos necessários para a produção, ainda que o valor seja insuficiente para toda demanda.
Segundo o administrador do Hospital do Câncer, Edmilson Garcia, a expectativa é de que no dia 4 possam voltar com o diagnóstico e a programação do tratamento, e no dia 11 com o pós-cirúrgico. “Lembrando que não são medicamentos que podemos manter em estoque, como é o caso do Iodo radioativo, então a gente depende da chegada deles para atender os pacientes”, disse.