Secretários de Saúde da região de Londrina discutiram nesta quinta-feira (15) a divisão de lotes de vacina contra a Covid-19 entre os municípios. Londrina, assim como outras cidades, vem sendo alvo de críticas pela lentidão para incluir novos grupos etários entre os prioritários na vacinação. Nem mesmo o post feito pela Secretária Municipal de Saúde, informando que o município passou de 100 mil pessoas totalmente imunizadas, escapou das reclamações.
Londrina possui cinco locais de vacinação contra a Covid-19. O município conta com vários profissionais e sistema de atendimento agilizado, mas apesar de toda essa estrutura a velocidade da vacinação depende da chegada de mais doses.
Uma das críticas mais comuns é de que Maringá já está aplicando as doses em pessoas acima de 35 anos, enquanto aqui a faixa etária etária atendida por Londrina continua a partir dos 41 anos. Na semana passada, o secretário de saúde Felippe Machado confirmou que, apesar de ter uma população menor, Maringá recebeu mais doses e pediu que a diferença seja corrigida nas próximas remessas.
“Para cada situação temos um percentual estimado. Foi realizado um cálculo e a distribuição é realizada a partir disso. Mas entre uma estimativa e a realidade, a gente sempre tem lacunas importantes, por exemplo, municípios que têm aldeias indígenas receberam uma quantidade maior de vacinas, e algumas dessas aldeias reduziram o percentual de habitantes, então o município acabou ficando com um percentual maior de doses”, explicou a chefe da 17ª Regional de Saúde, Maria Lucia Lopes.
Nesta quinta-feira o Paraná recebeu mais uma remessa de vacinas. São 235.500 doses da AstraZeneca que serão separadas e distribuídas para todo o Estado. Dessas. 45 mil doses são exclusivas para moradores de quatro cidades da região de fronteira e o restante é separado para a reserva técnica. A região de Londrina, que geralmente fica com 10% do total, deve receber menos doses dessa vez.
“A proposta do Estado é que toda distribuição seja feita por idade e essas diferenças ficam mais evidentes. Então, a ideia é que municípios que estejam muito avançados nas idades recebam menos doses proporcionalmente aos municípios que estejam atrás neste quantitativo de idade”, disse Maria Lucia.