Com a necessidade de refrigeração mais rigorosa para armazenar as vacinas da Pfizer, começou em todo país uma corrida pelos ultracongeladores. Uma fábrica de londrina já registrou aumento de 50% na procura, mas a entrega por demorar até 60 dias por causa da demanda.
A empresa é principal do país, com tecnologia para a produção de ultracongeladores, utilizados para a conservação de produtos na área de saúde e pesquisa científica. Como o próprio nome diz, eles são capazes de atingir temperaturas de -86 graus, necessárias para a conservação de alguns medicamentos.
Com a divulgação da chegada de vacinas da Pfizer ao brasil, que necessitam de conservação com temperaturas variando entre 40 a 80 graus negativos, a procura aumentou 50% nos últimos dois meses e a produção saltou de 250 para 450 equipamentos por mês. Para atender o salto na demanda, foram contratados mais 20 colaboradores. A fábrica, que funcionava antes das 6 às 19 horas, agora tem mais um turno no período da noite.
Segundo o empresário João Rapcham, os imunizantes são os responsáveis pela procura. “De procura o aumento é bem significativo e em termos de venda, também aumentou cerca de 30% justamente por causa do armazenamento de vacinas”, diz.
Os ultracongeladores custam entre R$50 e R$60 mil. A prefeitura já iniciou a negociação com a fábrica para aquisição com um pré-acordo para que a entrega seja agilizada. O município aguarda a confirmação da distribuição das vacinas da Pfizer, para efetivar a compra.
“Já existe negociação com a prefeitura e temos uma parceria para fornecer num prazo mais curso do que o de 60 dias”, afirma Rapcham.
O Paraná está recebendo 32.760 unidades da nova vacina, mas por enquanto elas devem ficar em Curitiba, seguindo orientação da coordenação geral do programa nacional de imunizações do Ministério da Saúde para que possam ser conservadas a baixíssimas temperaturas, enquanto os municípios vão se estruturando.
Durante a live de domingo (2), o prefeito Marcelo Belinati afirmou que enviará um ofício ao Ministério da Saúde pedindo pelo envio de doses da vacina Pfizer e garantiu que Londrina já tem estrutura necessária para receber o imunizante.
