Todos os locais
Todos os locais
Ciência e saúde

Projeto da UEL oferece reabilitação para pessoas com Parkinson

19 mai 2022 às 14:38
Por: Agência Estadual de Notícias
Foto: O Perobal/UEL -

Um projeto desenvolvido na Universidade Estadual de Londrina (UEL) contribui para melhorar a qualidade de vida de quem sofre de Parkinsson. Sirlei Aparecida Barbosa é um exemplo. Nos últimos seis anos, sua vida mudou completamente após o diagnóstico. Com 49 anos, viu os efeitos da doença aparecerem de forma precoce, na coordenação motora e também na memória e no desempenho de pequenas atividades cotidianas.

Pouco tempo após o diagnóstico, em uma consulta no Posto de Saúde no Jardim Leonor, em Londrina, ficou sabendo de um projeto de extensão que utiliza a fisioterapia para reabilitar pacientes de Parkinson. “Uma moça que trabalhava no posto me falou, e eu comecei a frequentar. Cinco anos depois, estou bem melhor. Cheguei toda travada”, comenta.

Sirlei é uma das cerca de 400 pessoas portadoras da doença de Parkinson atendidas pelo Grupo de Pesquisa em Fisioterapia Neurofuncional (GPFIN). Às terças e sextas-feiras, o grupo, coordenado pela professora Suhaila Santos, do Departamento de Fisioterapia (CCS), reúne-se no pátio da Igreja Nossa Senhora Aparecida, na Vila Nova, região central de Londrina, para realizar uma série de exercícios de reabilitação neurofuncional, vitais para melhorar a qualidade de vida de pacientes de Parkinson. O GPFIN atende cerca de 60 idosos, semanalmente.

O mal de Parkinson é a segunda enfermidade que mais acomete idosos, depois da doença de Alzheimer. Suhaila conta que o projeto está ativo há 12 anos e coleciona evidências de que o movimento é a terapêutica mais eficaz para lidar com Parkinson.

“É uma doença que não tem cura e deve ser administrada com remédios. Porém, com o tempo, esses remédios param de fazer o efeito desejado. Nessa hora, entram os exercícios, como um fator importante para o aumento da imunidade desses pacientes”, avalia.

Outras notícias

Transplantes são seguros e salvam vidas, dizem entidades

Cascavel confirma primeiro caso de coqueluche

Agosto Dourado: amamentar é sinônimo de prevenção ao câncer de mama

NEUROPLASTICIDADE – Um dos trunfos do movimento para o tratamento de Parkinson é exercitar a neuroplasticidade – capacidade do cérebro se transformar e se readaptar a estímulos.

Com o avanço da doença e a perda de eficácia dos remédios, a prática cotidiana de exercícios com orientação reduz bastante os sintomas, que são muitos e vão desde a perda da capacidade motora, de equilíbrio, tremores e rigidez muscular, até dificuldades na fala.

“O cérebro cria mecanismos, através da neuroplasticidade, para se readaptar às agressões externas, lutar contra elas”, comenta Suhaila. “Esses idosos, quando em tratamento, conseguem realizar as atividades cotidianas com menos dor, dormir melhor. Os ganhos são inúmeros”.

RECUPERAÇÃO – Outra participante do projeto é Terezinha Sadai Nakayama. Aos 69 anos, Terezinha, assim como sua colega de projeto, também obteve o diagnóstico da doença há seis anos. Desde então, sai de casa na Vila Penteriche, região Leste da cidade, e é presença garantida nas sessões de fisioterapia.

“Fiquei sabendo pela minha sobrinha, que é enfermeira no Hospital Universitário”, comenta. “Eu me sinto bem mais esperta, com mais atenção durante o dia. Também consigo andar bem melhor do que antes e me sinto mais flexível”.

Integram o GPFIN, além de Suhaila, a professora colaboradora Larissa Laskovski, do Departamento de Fisioterapia, além de 12 graduandos, seis residentes, três mestrandos e cinco doutorandos no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação (UEL-Unopar).

Interessados em participar ou obter mais informações sobre o GPFIN podem entrar em contato pelo e-mail [email protected].

Veja também

Relacionadas

Ciência e saúde
Imagem de destaque

Dia Nacional da Saúde: especialista elenca hábitos básicos para uma vida longa e saudável

Ciência e saúde
Imagem de destaque

Paraná decreta situação de emergência em saúde pública para dengue

Ciência e saúde

Regional de Londrina é líder em casos de dengue no Paraná, segundo boletim

Ciência e saúde

Saúde disponibiliza novas doses da vacina bivalente para grupos prioritários

Mais Lidas

Cidade
Londrina e região

Televisão foi uma das causas de deslizamento na Avenida Dez de Dezembro, em Londrina

Cidade
Londrina e região

Briga entre taxistas deixa um homem ferido por golpe de facão em Londrina

Brasil e mundo
Brasil

Três pessoas morrem e 10 ficam feridas em ataque a policiais em Novo Hamburgo

Cidade
Londrina e região

Homem de 30 anos morre em confronto com a Polícia Militar na zona leste de Londrina

Cidade
Londrina e região

Adultos e crianças ficam feridos em capotamento de carro no distrito da Warta

Podcasts

TURISMO

Podcast A Hora do Café - EP4 - Fernanda Corrêa da Rota do Café

A HORA DO CAFÉ

Podcast A Hora do Café - EP3 - Cris Malauz barista e empreendedora

VEJA

Podcast - Por Trás das Câmeras - EP6 - Conheça a história de Maika Martins

Tarobá © 2024 - Todos os direitos reservados.