O projeto de extensão da Universidade Estadual de Londrina, chamado de BR Data – Brasil em Dados, trabalha na catalogação dos dados da Covid-19 na 17ª Regional de Saúde. Situada em Londrina, a RS abrange 21 municípios.
O grupo utiliza os dados das secretarias de Saúde dos municípios da Regional, obtidos através de parceria, para catalogar as informações básicas sobre os infectados: bairro, idade, sexo, esquema vacinal, entre outros dados, em Londrina e região.
O objetivo é mostrar o panorama da pandemia na região e dar suporte à criação de políticas públicas. Atuam professores do Departamento de Estatística e pós-graduandos.
Segundo o coordenador do projeto e professor do Departamento de Estatística, Rodrigo Rosseto Pescim, o grupo está ativo desde junho de 2020 e trabalha há meses na criação da plataforma online que vai recolher os dados dos municípios e dispô-los em um mapa interativo. “Muitas informações que o prefeito de Londrina apresenta em suas lives semanais, por exemplo, são retiradas dos nossos estudos”, afirma.
A partir do cruzamento de dados cedidos pelas secretarias, o mapa terá o objetivo de mostrar o panorama da pandemia em Londrina.
O software desenvolvido pelo grupo utiliza os dados mais básicos, como idade, sexo, início da contaminação, quantidade de leitos disponíveis, quantidades de vacinados com a primeira e segunda dose ou dose única, entre outros. “Devido à natureza dessa doença, que muda muito rápido, não podemos fazer um levantamento mais espaçado do que semanalmente”, explica.
A partir das coletas, é possível às gestões da Saúde municipais traçar estratégias para, em médio ou longo prazo, criarem políticas públicas. Enquanto o software está em construção, o grupo divulga, semanalmente, as atualizações da pandemia nas redes sociais.
Embora se dedique exclusivamente à questão da Covid-19 em Londrina e região, o BR Data não foi pensado como um projeto de saúde pública. “Nosso intuito é, com o passar do tempo, analisar os dados relativos ao meio ambiente, dados econômicos, entre outros. Buscar metodologias de análise exploratória dos dados que sirvam para extrair indicadores em variadas áreas”, explica o professor Rodrigo Rosseto Pescim. “Após os três anos de vigência do projeto, certamente renovaremos e aplicaremos essas metodologias em outras áreas”.
Acompanhe o Boletim clicando aqui!
(Com AEN)