Todos os locais
Todos os locais

Selecione a região

Instagram Londrina
Instagram Cascavel
Mundo

Em campanha por Macri, Bolsonaro pede que argentinos votem com a razão

07 jun 2019 às 06:14
Por: Estadão Conteúdo

Em sua primeira visita oficial à Argentina, Jair Bolsonaro quebrou mais uma vez na quinta-feira, 6, protocolos diplomáticos e anunciou apoio à reeleição do presidente Mauricio Macri. Apesar de não citar o nome do argentino nem a chapa adversária, composta por Alberto Fernández e Cristina Kirchner, Bolsonaro afirmou que pedia a Deus que iluminasse os argentinos para que "votassem com a razão e não com a emoção".

As eleições presidenciais da Argentina serão em 27 de outubro e, de acordo com as últimas pesquisas, a chapa kirchnerista está à frente em um possível segundo turno, mas quase empatada no primeiro.

"Eu conclamo o povo argentino, que Deus abençoe a todos eles, porque terão pela frente agora eleições. E todos têm de ter, assim como grande parte da população no Brasil teve, muita responsabilidade, razão e menos emoção para decidir o futuro desse país maravilhoso que é a Argentina", disse o brasileiro ontem, em discurso na Casa Rosada, ao lado de Macri.

Bolsonaro destacou que os países têm de ser parceiros não apenas econômicos, mas na busca "por um objetivo maior: a liberdade". "Toda a América do Sul está preocupada, pois não quer novas Venezuelas na região", afirmou, em referência à deterioração econômica que ocorreria, segundo ele, caso o kirchnerismo voltasse ao poder na Argentina.

Mas o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse que o governo brasileiro não quer interferir de "nenhuma maneira" no processo eleitoral argentino. "Apoiar Macri é o reconhecimento do muito que pode ser feito hoje entre os dois governos", disse. "Não é pensando na hipótese de vitória de Cristina que vamos desaproveitar este momento."

Outras notícias

Avião cai durante o pouso em aeroporto na Carolina do Norte, nos EUA; Veja o video

Israel aceita proposta de cessar-fogo apresentada por Donald Trump

Vídeo: caminhão explode em cidade dos EUA e danifica quatro casas após vazamento

Para o cientista político Marcelo Leiras, da Universidad de San Andrés, apesar de Bolsonaro não ter citado nomes, houve uma interferência do brasileiro na política interna argentina, o que é "muito mal visto em relações exteriores".

O brasileiro já havia demonstrado seu apoio a Macri em ocasiões anteriores. Em Dallas, quando recebeu o prêmio de personalidade do ano da Câmara de Comércio Brasil-EUA, em maio, Bolsonaro disse que Cristina Kirchner, "amiga do PT", pretendia roubar a liberdade "de nós".

Além de ser alvo de comparações, a Venezuela também foi assunto das reuniões bilaterais de ontem. A jornalistas, Bolsonaro afirmou que espera que haja um racha no Exército venezuelano, que hoje apoia Nicolás Maduro, para que o governo se desestabilize. "É difícil acabar com uma ditadura. Esperamos que haja um racha. Caso contrário, fica difícil normalizar a situação."

Na área econômica, os dois presidentes destacaram que o acordo de livre-comércio entre Mercosul e União Europeia nunca esteve tão próximo de ser fechado. As negociações já se estendem há mais de 20 anos e, em até quatro semanas, o documento poderia ser assinado, segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Questões sobre a taxação de vinhos e laticínios estão entre as poucas que ainda estão abertas. Há a expectativa de que as negociações sejam encerradas em uma rodada em Bruxelas, nos dias 27 e 28 de junho. "Só não sei se seria anunciado ali ou no encontro do G-20 (no Japão, em 28 e 29 de junho)", disse o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Segundo o presidente, nas reuniões, foi discutida ainda a possibilidade de se construir duas hidrelétricas entre a Argentina e o Rio Grande do Sul. Sobre a reforma da Previdência, Bolsonaro admitiu que a tramitação está desgastada e a posição dos parlamentares em relação à inclusão dos Estados e municípios no texto não é "justa".

"Tem desgaste sobre a previdência. Mas todo mundo tem de estar no mesmo barco. Acho que eles (os parlamentares) vão ceder e vai ser como gostaríamos que fosse. Uma reforma que pegue todo mundo e com o voto de todos os partidos", afirmou.

No Hotel Alvear, o mais luxuoso de Buenos Aires, Bolsonaro foi abordado por um grupo de apoiadores, para os quais afirmou esperar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fique "muito tempo" preso em Curitiba. Apesar de alguns brasileiros terem demonstrado apoio a Bolsonaro, 64 movimentos sociais organizaram ontem um protesto contra ele diante da Casa Rosada. O presidente, porém, já havia deixado o local.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Veja também

Relacionadas

Mundo
Imagem de destaque

Apagão afeta toda Espanha, partes de Portugal, França, Bélgica e Alemanha

Mundo
Imagem de destaque

Papa Francisco segue melhorando, mas ficará no hospital 'por mais alguns dias', diz boletim

Mundo

Papa tem crise respiratória asmática e passa por transfusão de sangue em hospital

Mundo

Missão Polaris Dawn realiza primeira caminhada espacial comercial após adiamentos

Mais Lidas

Paraná
Paraná

Médico de 38 anos morre após salvar filhas de afogamento em Matinhos

Cidade
Londrina e região

Homem tem órgãos genitais cortados com faca na zona rural de Londrina

Cidade
Londrina e região

Comércio de Londrina terá horário especial de funcionamento no período de Natal e Ano-Novo

Cidade
Londrina e região

Homem de 28 anos morre em confronto com equipe da Polícia Militar na zona norte

Brasil e mundo
Brasil

Havaianas enfrenta boicote após campanha publicitária com Fernanda Torres

Podcasts

Podcast Arte do Sabor | EP 3 | Como comprar azeite Andorinha online?

Podcast Pod Fala com a Tai | EP 8 | A Jornada Empreendedora | Karol Moreira

Podcast Café Com Edu Granado | EP 43 | Disciplina e Superação | Junior Zampar

Tarobá © 2024 - Todos os direitos reservados.