A estação espacial desativada Tiangong 1, da China, avança em direção à Terra neste domingo e deve reentrar na atmosfera em questão de horas. A maior parte da estrutura deve se desintegrar durante a reentrada, e cientistas disseram que a queda de detritos representa apenas um pequeno risco para as pessoas no solo. A Agência Espacial Europeia prevê que a estação, cujo nome significa "Palácio Celestial", deve reentrar na atmosfera em algum momento entre a noite deste domingo e o início da segunda-feira.

Com base na órbita da estação espacial, ela deve retornar à Terra em algum ponto de uma faixa que cobre a maior parte dos Estados Unidos, China, África, sul da Europa, Austrália e América do Sul. Rússia, Canadá e o norte da Europa estão fora de alcance.

Apenas cerca de 10% da estrutura de 8,5 toneladas não deve se desintegrar na reentrada, principalmente os componentes mais pesados, como seus motores. A probabilidade de uma pessoa ser atingida por detritos é inferior a uma em um trilhão.

Lançada em 2011, a Tiangong 1 foi a primeira estação espacial da China, servindo como uma plataforma experimental para projetos maiores, como a Tiangong 2, lançada em setembro de 2016. A estação recebeu duas missões tripuladas e serviu como uma plataforma de testes para aperfeiçoar procedimentos de acoplamento e outras operações. Sua última tripulação partiu em 2013 e o contato com a estação foi perdido em 2016. Desde então, ela vem orbitando cada vez mais perto da Terra e sendo monitorada.

Muitos especialistas ocidentais acreditam que a China perdeu o controle da Tiangong 1. O principal designer da estação, Zhu Zongpeng, negou que ela estivesse fora de controle, mas não forneceu detalhes sobre o que a China estaria fazendo para orientar o seu retorno à Terra. Fonte: Associated Press.