Está chegando ao fim a temporada da florada das cerejeiras no Parque do Lago, em Guarapuava. Nesta época do ano, o cenário colorido das flores atrai moradores e turistas, que aproveitam para fazer fotos e curtir um passeio em família.
Com a florada das cerejeiras, todo ângulo no parque vira convite para uma foto. A professora Silmara Bandeira e a mãe, a aposentada Marise Nassar Meira, são de Guarapuava, mas estavam a caminho de uma viagem para Foz do Iguaçu. Ao passarem pelo parque, se encantaram com o visual e decidiram parar para aproveitar o momento e registrar a paisagem.
"No período do inverno, a gente aproveita para prestigiar esse momento em que a natureza nos encanta com a florada das cerejeiras. É um período curto, que a gente deve aproveitar", disse Silmara.
Marise, mãe de Silmara, comentou que a filha pretende até mesmo comprar uma muda da cerejeira para plantar em casa.
Aqui em Guarapuava, as cerejeiras foram plantadas há 25 anos por Kazu Kaokami, conhecido como seu Kazu, descendente de japoneses. Na época, ele foi buscar as mudas no estado de São Paulo — cerca de 400 cerejeiras — e trouxe com a ajuda de dois amigos. A prefeitura apoiou o plantio, mas foi seu Kazu quem acompanhou tudo de perto, cuidando até do espaçamento entre as árvores.
No Japão, a cerejeira é chamada de Sakura. É símbolo de beleza, renovação e da delicadeza da vida. A florada da Sakura marca o início da primavera japonesa e é celebrada com o Hanami — tradição em que as pessoas se reúnem em parques para admirar as flores.
As flores da cerejeira duram em média dez dias por ano, o que reforça seu simbolismo de que a vida é breve — e por isso, preciosa.
Entre os visitantes do parque, encontramos também quem veio de longe para contemplar a florada. Walter e a esposa, dona Iraci, são de Belém, no Pará, e estão em Guarapuava visitando amigos. No norte do país, eles são produtores de açaí e agora se encantaram com a beleza das cerejeiras no sul.
Culturas, histórias e um Brasil gigante — que, desta vez, se encontraram no Parque do Lago, em Guarapuava.
"Maravilhosas as árvores. É a terceira vez que eu venho aqui. Gostei tanto que é a terceira vez, né? Lá no norte a gente tem outro tipo de clima. Eu sou produtor de açaí, então trabalho de setembro até fevereiro, e o resto do ano eu tiro para passear", contou Walter.
A esposa, dona Iraci, classificou a paisagem das cerejeiras como deslumbrante.